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Quinta, 25 Abril 2024

Mais de 60 ônibus foram depredados durante protestos em Manaus

Mais de 60 ônibus foram depredados durante protestos em Manaus
Ao menos 61 ônibus foram depredados durante um protesto contra a paralisação do transporte público rodoviário na manhã desta segunda-feira (4) em Manaus. Segundo a Polícia Militar do Amazonas, os usuários se revoltaram devido à falta de ônibus causada pela greve dos rodoviários, deflagrada há sete dias.
Foto:Reprodução/Rede Amazônica
Os protestos violentos foram registrados em diferentes pontos da capital manauara. De acordo com com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sinetram-AM), cerca de 100 mil pessoas foram afetadas pela falta de ônibus circulando. Até as 11 horas, 640 dos 850 veículos que costumam rodar às segundas-feiras deixaram as garagens das empresas de transporte.

O maior tumulto foi registrado próximo ao Terminal de Integração 4, na zona leste, onde as pessoas arremessavam pedras e outros objetos contra os ônibus parados no local, quebrando para-brisas e janelas. Houve tentativas de incendiar ao menos três veículos, mas o fogo foi logo contido.


Diante do tumulto, o efetivo policial que se encontrava no Terminal 4 desde a madrugada solicitou reforços da Rocam e da tropa de Choque. De acordo com a assessoria da PM, a corporação teve que empregar a força para conter os manifestantes. Até o meio-dia, ao menos cinco pessoas tinham sido detidas e foram conduzidas à delegacia mais próxima.



Também houve protestos nos terminais 3 e dos bairros Petrópolis, Vila Marinho, Bairro da Paz e Conjunto Augusto Montenegro. Os ônibus depredados pertencem às empresas Eucatur, Global Green, Açaí Transportes e Expresso Coroado. O Sinetram informou que já acionou a Justiça e aguarda que as medidas legais cabíveis sejam adotadas.

Em função da falta de ônibus e da proximidade dos locais de manifestações dos rodoviários, a Secretaria Municipal de Educação suspendeu as aulas desta tarde em cinco unidades de ensino do bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste. São elas: escolas municipais Maria do Socorro Azevedo de Oliveira, Professora Ignes de Vasconcelos Dias, Maria Ferreira da Silva, Hiran Caminha e Centro Municipal de Educação Infantil Ângela Honorato.

As outras unidades da rede de ensino municipal funcionarão normalmente e os alunos que não conseguirem chegar às escolas não serão prejudicados.

Segundo a prefeitura de Manaus, a greve iniciada na última terça-feira (29), descumpre decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), da 11ª Região. No último dia 29, a presidente do TRT, desembargadora Eleonora de Souza Saunier fixou multa de R$ 200 mil por hora caso os rodoviários insistissem em paralisar suas atividades.

Foto:Reprodução/Rede Amazônica
No domingo (3), o juiz plantonista do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Antônio Itamar de Souza Gonzaga, determinou o funcionamento da frota do transporte coletivo nesta segunda-feira (4), sob pena do sindicato de trabalhadores ser multado em R$ 1 mil por hora parada.

Os rodoviários pedem reajuste salarial; novas contratações; estipulação de uma quantia máxima a ser paga aos motoristas em caso de acidente e a possibilidade de parcelar este valor; fracionamento das férias e da intrajornada e compensação de horas extras.

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