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Sexta, 26 Abril 2024

Crise? Derrota de José Aldo fecha 'ano negro' do Amazonas no UFC

MANAUS - O Amazonas ganhou mais um representante no UFC (Dileno Lopes) em 2015. Todavia, salvo raras exceções, os amazonenses tiveram um 'ano negro' na maior organização de MMA do planeta. A preocupação tomou proporções ainda maiores com a derrota de Ronaldo Jacaré e, sobretudo, de José Aldo, que perdeu o cinturão dos penas para Conor McGregor no último sábado (12), no UFC 194, em Las Vegas.
José Aldo perdeu invencibilidade de dez anos no MMA. Foto: Reprodução/UFC
O mau momento se reflete em números. Em 2014, o Amazonas teve oito vitórias e quatro derrotas em eventos do UFC. Em 2015, o rendimento caiu para cinco vitórias e cinco derrotas, contando com o revés de Dileno Lopes contra Reginaldo Vieira na final do The Ultimate Fighter (TUF) Brasil.
José Aldo, Alan Nuguette e Carlos Diego Ferreira terminaram o ano sem vitórias. Antônio Braga Neto sequer pisou no octógono em 2015. Ronaldo Jacaré até venceu Chris Camozzi em abril, mas a derrota para Yoel Romero o distanciou ainda mais da disputa pelo cinturão dos médios.
A grande exceção à regra é Adriano Martins. Após a derrota para Donald Cerrone no início do ano passado, o amazonense vem de três vitórias consecutivas - duas delas neste ano - e já mira o top-10 do peso leve. Quem também está em alta é Diego Brandão. Ele superou um momento conturbado na organização com duas vitórias por nocaute em 2015. Curiosamente, a última derrota de Brandão no UFC foi para Conor McGregor, irlandês 'carrasco' de amazonenses.Em 2014, cinco amazonenses venceram no UFC - Aldo, Jacaré, Martins, Nuguette e Carlos Diego. O número diminuiu para três em 2015, sendo Adriano Martins o lutador 'baré' com a maior invencibilidade na organização: 1 ano e 11 meses.
Crise?
Dono da academia MPBJJ/Nova União e primeiro treinador de José Aldo, Márcio Pontes concorda que 2015 foi um 'ano negro' para o Amazonas no UFC, mas enxerga boas perspectivas. "Nesse ano acabou tendo uma mancha negra por conta das duas derrotas [Aldo e Jacaré], mas temos mais amazonenses entrando no Ultimate. Temos que priorizar isso. Tem muito garoto despontando em eventos nacionais", disse ao Portal Amazônia.
Pontes acredita que mais amazonenses podem entrar no UFC em 2016. "O Alexandre Capitão vai disputar o cinturão de um evento internacional [WSOF] que dá projeção pra chegar nos grandes eventos. O Paulinho Capoeira vai disputar o cinturão [do Shooto], o Michel Sassarito [Jungle Fight] também. O Naldo Silva [Jungle Fight] já era pra estar no UFC também, vem de vários nocautes. Manaus tem vários talentos".
A perspectiva de uma edição do UFC em Manaus no ano vindouro também motiva Márcio Pontes. "Vai abrir mais oportunidades porque o Ultimate sempre pega atletas locais que não estão na franquia. 2016 tem tudo pra ser um ano bem melhor".

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