Carauari Amazônia: projeto econômico e sustentável é apresentado em Manaus

MANAUS - O projeto Carauari Amazônia vai beneficiar uma área de 912 mil hectares localizada à margem do rio Juruá, no município de Carauari, a 782 quilômetros de Manaus. Este é o objetivo, apresentado por representantes das empresas Aplub Agroflorestal Amazônia e Renbrasil, nesta segunda-feira (22), na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).Nessa área está a Fazenda Aplub, onde serão desenvolvidas as atividades do setor primário, atendendo aos três pilares que vão nortear o projeto: o desenvolvimento econômico, a responsabilidade social e a proteção ambiental.  A prioridade é o remanejamento florestal com árvores nativas de valor agregado e árvores frutíferas, com destaque para o cacau, açaí, guaraná e outras oriundas da região.Foto: Divulgação/FieamA comitiva, liderada pelo embaixador Brian Michael Fraser Neele, foi recebida pelo primeiro vice-presidente da FIEAM, Moyses Israel, que destacou a importância do projeto tanto do ponto de vista econômico quanto sustentável. 

“Estou esperançoso de que o Projeto Carauari Amazônia torne-se um exemplo para outros projetos em nossa região e a FIEAM está à disposição para apoiar e ser parceira”, declarou o vice-presidente, receptivo a parcerias na ação conjunta de estudos, consultorias e capacitações profissionais dos trabalhadores que farão parte do investimento.

Conforme a apresentação do projeto, pelo empresário Cesar Roberto Zilio, aproximadamente 16 hectares serão explorados.  “Vamos utilizar biotecnologia para plantação de frutas regionais, levando em conta as condições do solo e do clima. A produção de fruticultura será para atender o mercado local e o excedente para o mercado externo”, disse. Zilio explicou ainda que esse trabalho de plantio será feito com tecnologia de ponta de forma que a floresta se renove e que possa fomentar novamente o segmento madeireiro.

Outros segmentos produtivos serão desenvolvidos nesta Fazenda, como os de viveiros, agroalimento, piscicultura, energia limpa e produção de carvão vegetal. O projeto valoriza também a mão de obra local, onde serão empregados 150 novos trabalhadores na indústria de processamento de madeira, 20 na administração da fazenda, e mais, 200 empregos por ano para cada mil hectares na fruticultura, viabilizando cerca de mil novos empregos entre o 3º e o 8º ano, 50 novos empregos na indústria agroalimentar, e 420 empregos no primeiro ano com a contratação de terceirizados para atuarem nas atividades de silvicultura, transporte fluvial e infraestrutura.

A comitiva de apresentação do projeto na FIEAM, além de Brian Neele e César Zilio, contou com a presença do CEO da Global Business Itália, Maurizio Rocchi, e do diretor executivo da RenWorld Holdings, Enrico Minoli, entre outros.