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Sexta, 26 Abril 2024

Amazônia: tecnologia a serviço da segurança


MANAUS -
O uso da tecnologia a favor da segurança. É desta forma que as Forças Armadas, por meio do Ministério da Defesa (MD), atuam no país. Inovação tecnológica e científica andam lado a lado com as instituições militares compostas por Marinha, Aeronáutica e Exército. No contexto regional, a Amazônia está entre os focos de interesse para o órgão federal e atualmente conta com vários projetos voltados à região como por exemplo, o Amazônia SAR e o Amazônia Conectada, trabalhos inaugurados no último mês e que estão relacionados ao monitoramento de desmatamentos e à expansão das comunicações na Amazônia Ocidental.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa, os investimentos do órgão são destinados à capacitação militar de forma que as corporações tenham possibilidades de reagir não apenas a ameaças externas convencionais, mas também contra riscos contemporâneos como o terrorismo, o crime organizado transnacional, a pirataria e os ataques cibernéticos.
Projetos monitoram desmatamento na Amazônia. Foto: Divulgação/Ibama
O MD é responsável por orientar, supervisionar e coordenar as atividades das Forças Armadas. Dentre os projetos aplicados pelo MD estão o Amazônia SAR e o Amazônia Conectada, que foram implantados recentemente na região. O sistema Amazônia SAR, lançado no último mês, consiste em um radar orbital que vai monitorar o desmatamento na Amazônia no período de outubro a abril, gerando alertas, dando suporte às ações de fiscalização, além de enviar as informações ao Inpe para compor os dados do sistema Detecção de Desmatamento em Tempo Real(Deter). O projeto conta com investimentos de R$80,5 milhões, recursos do  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES) e da União.
O sistema vai monitorar cerca de 950 mil quilômetros quadrados (17% da Região Amazônica ou o equivalente aos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e um pouco mais do que Santa Catarina) mensalmente. Será a primeira vez que a Amazônia será monitorada sistematicamente por radar orbital.
O projeto Amazônia Conectada também foi lançado oficialmente em julho, com a inauguração do primeiro trecho do cabo subfluvial. O programa é coordenado pelo MD e consiste na construção de uma rede de cabos subfluviais ópticos utilizando os leitos dos principais rios da bacia amazônica. O intuito do programa é viabilizar o acesso à internet de alta velocidade, telemedicina, telesaúde, ensino à distância, entre outros serviços, às comunidades ribeirinhas e indígenas, às escolas, organizações militares e aos órgãos públicos.
A inauguração do primeiro trecho compreende cerca de 10 quilômetros de fibra óptica subfluvial lançada no leito do rio Negro e serve como demonstrador de tecnologia interligando o 4º Centro de Telemática de Área(CTA) com a 4ª Divisão de Levantamento (DL), organizações militares do exército brasileiro.
Leitos dos rios servem para distribuição de cabos para internet. Foto: Reprodução/Shutterstock
Compõem o quadro de projetos nacionais o  Programa de Submarinos(Prosub), o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras(Sisfron) e o programa FX-2 caças Gripen Desenvolvimento e Pesquisa Conforme a assessoria do MD, é impossível falar sobre as Forças Armadas sem associá-lasao desenvolvimento científico e tecnológico. Para que as instituições militares atuem com capacidade de mobilização é necessário haver formação profissional. 
Os centros de desenvolvimento tecnológico das Forças Armadas estão concentrados na região sudeste do país e no Amazonas existem centros de  desenvolvimento e pesquisa. Um exemplo é o  Centro de Instrução de Guerra na Selva(Cigs), localizado em Manaus, que tem missão de especializar oficiais, subtenentes e sargentos para o combate na selva.
O centro é estruturado com divisão de ensino, divisão de doutrina pesquisa e avaliação, divisão de alunos, divisão de veterinária, divisão administrativa e uma base administrativa. São ministrados cursos de  Operações na Selva(COS) em sete categorias diferentes, além de estágios destinados a militares e também para instituições civis.
A nível nacional, os militares contam com centros de excelência como o ITA Instituto Tecnológico da Aeronáutica(ITA), em São José dos Campos (SP), ou o Instituto Militar de Engenharia(IME), no Rio de Janeiro. As intervenções militares Quanto à intervenção no processo eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral(TSE) é o responsável por avaliar a necessidade da cooperação das tropas federais. É o órgão que solicita a guarnição ao poder Executivo. 
De acordo com o setor de comunicação do MD, as tropas são empregadas no processo eleitoral mediante ordem da Presidência da República com base na lei nº 4.737. A atuação das tropas pode ocorrer na segurança dos locais de votação, no transporte das urnas e dos servidores da Justiça Eleitoral. O quantitativo de pessoal a serempregado é definido de acordo com a atividade a ser exercida.
Outra atuação que conta com a tropa militar é a missão paz. O Brasil participa das missões de paz da ONU desde 1947, quando observadores militares brasileiros foram enviados à região dos Bálcãs, na porção meridional da Europa. Porém, o Brasil assumiu as tarefas de coordenação e comando militar de importantes operações em um período mais recente, como no Haiti (2004) e no Líbano (2011), o que trouxe prestígio à política externa do país,  aumentando a projeção brasileira no cenário mundial.
Ao todo, o Brasil já participou de mais de 30 missões das Nações Unidas, tendo enviado cerca de 30 mil militares ao exterior. Em duas delas, o Brasil ocupa posições de destaque, liderando o componente militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) e o braço marítimo do comando da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil).

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