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Terça, 30 Abril 2024

Bioeconomia do Amapá: uma jornada de sustentabilidade

No coração da Amazônia, o Amapá emerge como um farol de esperança na busca por um modelo econômico sustentável e inclusivo. O avanço da bioeconomia no estado coloca-o firmemente no mapa como uma referência Amazônia. O programa Selo Amapá é a prova irrefutável desse progresso, ao certificar mais de 1.000 produtos, evidenciando a utilização consciente dos recursos naturais.

A essência da bioeconomia no Amapá reside na sinergia entre o desenvolvimento econômico local, a preservação do meio ambiente e a inclusão social. Ao aproveitar a riqueza da biodiversidade local, o estado não só impulsiona sua economia, mas também protege seu patrimônio natural para as gerações futuras.

Casa de ribeirinho extrativista de açaí, rio Matapi (AP). Foto:Olímpio Guarany

Uma grande caminhada começa com um simples passo. Há produtos da bioeconomia amapaense que começam ganhar projeto internacional. É o caso do chocolate, premiado no Salão de Paris. Outros produtos certificados pelo Selo Amapá já ultrapassam as fronteiras do estado como o café de açaí, a cachaça de jambu e o açaí tinto.

Nas prateleiras dos supermercados já podem ser encontrados alguns desse produtos, embora as grandes redes de fora ainda ofereçam resistência para comercializa-los, talvez pelo alto volume de compra e exigência de garantia de manutenção do abastecimento.

A um ano e sete meses da COP 30 que ocorrerá em Belém, o mundo inteiro se volta para a Amazônia em vista de sua imensa biodiversidade, onde provavelmente estão muitas soluções para os problemas da humanidade. Preservar esse tesouro requer ações contínuas para protege-lo valoriza-lo e explora-lo de forma sustentável. Vejo que com o crescimento da bioeconomia, o Amapá entende isso e precisa seguir transformando essa compreensão em ação concreta e duradoura.

A bioeconomia é o instrumento certo para se extrair valor dos recursos naturais preservando o seu equilíbrio ecológico e valorizando os conhecimentos tradicionais das comunidades locais. São esses conhecimentos ancestrais que muitas vezes detêm as chaves para a utilização sustentável dos recursos naturais. Assim essas parcerias se tornam inclusivas e beneficiam tanto as comunidades locais quanto os empreendedores.

Ao explorar de forma sustentável a sua biodiversidade, o estado está pavimentando o caminho para um desenvolvimento que beneficia não apenas seus habitantes, mas também o planeta como um todo. Que esse exemplo inspire outras regiões a seguirem o mesmo caminho rumo a um futuro mais verde e justo.


Sobre o autor

Olímpio Guarany é jornalista, documentarista, professor universitário e presidente do Instituto de Estudos em Defesa da Amazônia. Durante dois anos navegou o rio Amazonas desde a foz até o rio Napo no sopé da Cordilheira dos Andes refazendo a histórica expedição do Conquistador da Amazônia, Pedro Teixeira (1637-1639).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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