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Quinta, 25 Abril 2024

Rondônia registra quatro casos autóctones de vírus Zika, aponta Agevisa

PORTO VELHO - A Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) confirmou a ocorrência de quatro casos autóctones de vírus Zika nos municípios de Alto Alegre dos Parecis (2), Alta Floresta do Oeste (1) e Vilhena (1) nesta terça-feira (23). No entanto, nenhum dos dez casos de microcefalia [má formação do cérebro] em investigação foi confirmado como decorrente da infecção do zika.Foto: Maicon Lemes/Secom-ROEntre 2015 e 2016, Rondônia teve quatro casos confirmados de chikungunya: dois em Porto Velho, um em Cacoal e outro em Vilhena, todos importados, ou seja, contraídos fora da zona onde se fez o diagnóstico. As doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
No próximo dia 6, começará um novo mutirão que deverá mobilizar o voluntariado que se dispuser a apoiar a saúde pública na 'guerra' contra o mosquito, que também é transmissor da dengue. Períodos chuvosos favorecem a sua reprodução.
Faltam ser vistoriados imóveis em praticamente a metade da extensão territorial de Rondônia, conforme se vê no mapa fornecido pela Agevisa ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Atendendo atualmente a 12 estados, o Laboratório do Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA) estabelece quota de 20 amostras por semana, porém, a demanda tem sido maior. Em consequência disso, somente gestantes e recém-nascidos em Rondônia estão na prioridade desse atendimento emergencial.
Segundo a diretora-geral da Agevisa, Arlete Baldez, a média de retorno dos exames é de três meses. Por exemplo, se o instituto receber 50 amostras, 30 não serão desprezadas em Porto Velho. “Elas serão acondicionadas e aguardarão exames do Laboratório Central (Lacen), ainda neste mês”, assegurou.
A diretora disse que o interior do estado tem surtos de dengue e tudo será feito para que não venha a epidemia. De janeiro a fevereiro deste ano aumentou em 267,89% o número de casos (computados até a semana passada) em relação ao mesmo período de 2015. Ainda não foram concluídos exames de 62,58% desses casos.
No ano passado, o boletim epidemiológico notificou 847 casos (237 confirmados) e neste ano, 3.116, dos quais 738 confirmados. Em investigação no mesmo período: 14 em 2015 e 1.950 neste ano.
Municípios com surtos de dengue desde julho de 2015: Espigão do Oeste (incidência de 1.544 casos), Ministro Andreazza (508), Parecis (1.474) e Santa Luzia do Oeste (445).
Ficaram em estado de alerta: Buritis (incidência de 166 casos), Cabixi (268), Pimenta Bueno (245), Rolim de Moura (286), São Felipe d’Oeste (262), São Francisco do Guaporé (121) e São Miguel do Guaporé (118).
Após a mudança de padrão determinada pelo Ministério da Saúde sucedeu-se a fase emergencial e, com isso, a vigilância teve que se anteceder aos fatos.
Segundo a diretora-geral da Agevisa, Rondônia alinhou-se à principal mudança de foco, ou seja, a saúde pública passou a trabalhar para evitar casos de doenças que trariam juntas a microcefalia. “A ordem é eliminar criadouros do mosquito, pois ainda não perfizemos 100% dos imóveis, e só esse percentual garantirá resultados”, assinalou.
Conscientização
No intervalo entre as visitas dos agentes de vigilância e de voluntários, moradores devem dar continuidade ao combate aos focos do mosquito. Estão sendo vasculhados casas, quintais, armazéns, depósitos, prédios e terrenos com caixas d’água elevadas, depósitos naturais, pneus, plásticos, latas, sucatas, entulhos e lixo.
Poucas secretarias e órgãos públicos estaduais e federais dispõem de pessoal suficiente para as visitas. Por isso estão previstas parcerias com prefeituras municipais, câmaras de vereadores, igrejas, centros espíritas, escolas, clubes de serviço, lojas maçônicas, sindicatos, associações e instituições.
A Agevisa recomenda faxinas semanais. “Outra parte tão importante quanto as parcerias é a mobilização de instituições públicas para manter seus prédios limpos e livres do Aedes. Se isso for cumprido, aí sim, conseguiremos êxito”, comentou Arlete Baldez.

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