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Quarta, 24 Abril 2024

Combate ao Aedes aegypti une Forças Armadas e profissionais de saúde no Amazonas

MANAUS - Uma megaoperação que reúne militares das Forças Armadas ao efetivo de Saúde da Prefeitura de Manaus e do Governo do Estado do Amazonas foi criada para combater o mosquito Aedes Aegypti. Responsável pela transmissão de dengue, febre chikungunya e o zika vírus, a ação chamada 'Zika Zero' busca conscientizar a população e acontece neste sábado (13). São 11 mil homens, entre técnicos de saúde e militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, que realizarão visitas domiciliares a mais de 72 mil imóveis na capital.
Foto: Alex Pazuello/Semcom-AM
O anúncio da ação de prevenção e controle ao vetor foi realizada em coletiva com a presença do prefeito Artur Virgílio Neto; do governador do Estado, José Melo; e de comandantes das Forças Militares nesta quinta-feira (11). “Agora montamos um time vencedor”, acentuou o prefeito, ao se referir à inserção das Forças Armadas nas ações de prevenção e combate ao vírus. Artur Neto ressaltou que todas as formas de chegar à população serão utilizadas para atingir o objetivo da ação, como campanhas educativas e utilização das mídias. “Quero fazer maciça campanha esclarecedora na mídia. Portanto, a população de Manaus será importante para o sucesso de nossas ações”, disse.
O governador José Melo destacou o papel desempenhado pelas Forças Armadas em outras ocasiões, fator que, segundo ele, contribuiu para a redução na época dos índices da dengue na capital e municípios do interior do Amazonas. “A ação das Forças Armadas tem mostrado que ela vai além das prerrogativas definidas por nossa Constituição”, enfatizou. 
Ação integrada Para o general de Divisão, Antônio Maxwell de Oliveira Eufrásio, representante do Exército Brasileiro na coletiva, ações internas já estão sendo realizadas nas unidades militares, como forma de colaborar com o controle ao mosquito. Além disso, acentuou que a participação da força militar junto à sociedade é constante. “Não estamos chegando apenas para ajudar, pois já fazemos parte da sociedade”.
O major Brigadeiro Antônio José Mendonça de Toledo Lobato e o capitão-de-Mar-e-Guerra, Ken Wiliams Schonfelder, do 9º Distrito Naval, enfatizaram a importância da participação dos homens das Forças Armadas em uma ação conjunta com os órgãos de saúde do município de Manaus e Estado do Amazonas. “É com orgulho que participamos, colaborando com a sociedade, nesse momento”, disse Schonfelder, ao lembrar a presença da Marinha do Brasil em Manaus e nas cidades do interior do Estado.
O secretário de Saúde de Manaus, Homero de Miranda Leão foi enfático ao lembrar o papel decisivo da população para o sucesso da ação, marcada este sábado. “É uma emergência real à saúde da população. E pedimos, mais uma vez a colaboração direta da população”, concluiu.
Primeiro LIRAa de 2016
Na ocasião, o secretário Homero de Miranda Leão Neto também divulgou o primeiro Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, realizado entre 18 de janeiro a 05 de fevereiro, estudo que apontou que Manaus permanece em médio risco, com um índice predial de 1,9. Foram visitados 29.493 imóveis em todos os bairros de Manaus, envolvendo aproximadamente 300 profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
Durante a ação, os profissionais de saúde realizaram de visita domiciliar, buscando identificar e coletar larvas do mosquito, bem como eliminar e tratar os potenciais criadouros do Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika vírus e Febre Chikungunya. Também foram realizadas ações de Educação em Saúde para orientar a população sobre os sinais e sintomas das doenças e as formas de prevenção para minimizar os riscos e combater os focos propícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor.
O secretário explicou que o LIRAa é um método de amostragem simples que tem o objetivo de facilitar a obtenção de informações sobre o índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti. “O levantamento permite que o município possa identificar os bairros onde há maior concentração de focos de reprodução do mosquito, além de classificar os principais tipos de criadouros existentes. A partir dessas informações é possível elaborar as estratégias de atuação de forma mais eficiente para o combate ao mosquito”, explicou Homero de Miranda Leão Neto.
Em janeiro de 2015, quando foi realizado o 1º LIRAa do ano passado, o município de Manaus apresentou o índice de 3,5. Já no LIRAa realizado em novembro de 2015, o índice ficou em 1,4. De acordo com o Ministério da Saúde, apresentam médio risco para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti os municípios com índice entre 1,0 e 3,9. Abaixo de 1,0, é considerado como de baixo risco e a partir de 4, como sendo de alto risco.
Bairros
Em Manaus, 17 bairros estão em alto risco, 25 em médico risco e 21 em baixo risco. O resultado do 1º LIRAa de 2016 apontou que o Distrito de Saúde Leste  (Disa Leste) tem o maior índice predial com 3,6, sendo que cinco bairros foram classificados como de alto risco para transmissão de doenças pelo Aedes Aegypti: São José, Coroado, Tancredo Neves, Armando Mendes e Zumbi. O Distrito de Saúde Norte (Disa Norte) é o segundo com maior infestação com índice de 1,6.
Por meio do LIRAa, também foi possível identificar que os depósitos que mais contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti em Manaus (41,2%) são recipientes de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambores, tonéis ou camburões, barril, tina, etc. Os depósitos como recipientes, garrafas, latas, ferro velho, representam 28,2%.
Com o resultado do LIRAa, a Semsa está intensificando as ações para controle do vetor nas áreas de alto e médio risco, em parceria com as Forças Armadas. Juntamente com os agentes de controle de endemias e agentes comunitários de saúde, serão realizadas visitas de casa em casa, intensificação de atividades de educação em saúde com ampla implantação da estratégia dez minutos contra o Aedes, incentivando o maior envolvimento dos moradores e de lideranças locais, além de ações interinstitucionais com mutirão de limpeza urbana nas áreas de maior vulnerabilidade.

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