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Quinta, 18 Abril 2024

Pesquisador do Amazonas propõe solução para delimitar voo de drones

MANAUS - Imagine um mundo onde robôs levam suas cartas e sua correspondência. Eles dirigem carros para você, fazem suas compras e vão a lugares arriscado. Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) já fazem isso, por exemplo. Em Manaus, o pesquisador Igor Sales Campos quer resolver um problema aparentemente simples que vem junto com esta tecnologia. O problema é como delimitar a altura de 400 pés [em relação ao solo], exigida pela Legislação Brasileira. Não entendeu? Explicamos.Toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, de uso comercial e que possui carga útil é um VANT. A Legislação Brasileira diz que um VANT pode voar até no máximo 400 pés de altura em relação ao solo, o que equivale a mais ou menos 120 metros. Um GPS ou barômetro poderia oferecer a altura, mas em relação ao nível do mar.Atualmente, para resolver o problema utiliza-se uma base de dados da NASA chamada SRTM, acrônimo em inglês dado à Missão Topográfica Radar Shuttle, realizada em 2000. Nela, o ônibus espacial Endeavour utilizou um sistema de radar modificado para criar uma base completa de cartas topográficas digitais terrestre de alta resolução. De maneira mais simples, o radar criou uma imagem exata do solo do planeta terra.
As imagens ficam guardadas em um computador que serve como base para o VANT. Através de sinais o veículo envia sua posição do GPS para o computador base, que utiliza os dados SRTM para saber qual a altura do solo naquele lugar e ele envia qual é a atual posição do VANT em relação ao nível do mar.
Entretanto, esse sistema tem uma falha. O SRTM só tem detalhes topográficos a cada 300 metros quadros. Ou seja, se dentro de um espaço de 300 metros quadrados há uma mudança no solo, como um declive ou uma montanha, o banco de dados da NASA não tem esse nível de detalhe.
Solução
Para isso, o pesquisador desenvolveu uma tecnologia que vai utilizar imagens da câmera do próprio VANT para saber qual a distância que ele está do chão. Ele precisa reconhecer objetos do chão ou próximos ao solo e calcular a distância utilizando conceitos de física. 
Por exemplo, se você está em um carro em movimento e olhar pela janela vai perceber que os postes passam rapidamente por você, enquanto uma montanha distante se move devagar. Ou seja, quanto maior a distância, mais devagar esse objeto passa pelo nosso campo de visão. Dessa maneira, é possível calcular utilizando imagens à distância do VANT em relação ao solo.
De acordo com o pesquisador, a nova tecnologia baratearia muito o custo de produção de VANT com essa finalidade. "Hoje existe alguns sensores que fazem essa medição da altura em relação ao solo, entretanto são caros. Com a nova tecnologia é possível criar veículos mais baratos. Para fazer um protótipo, por exemplo, nos gastamos 600 dólares. Da outra maneira, esse valor seria bem mais alto."
Quem sabe no futuro essa tecnologia seja usada em VANT’s e drones tornando-os cada vez mais baratos e precisos de forma que nos tenhamos um futuro muito diferente e melhor com a tecnologia.

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