Manaus 30º • Nublado
Quinta, 25 Abril 2024

Base de dados será usada para guiar conservação na Amazônia Internacional

Base de dados será usada para guiar conservação na Amazônia Internacional
Um novo sistema de informações geográficas (SIG), que faz parte da iniciativa 'Águas Amazônicas', foi criado para ajudar a guiar os esforços de conservação em grande escala na bacia hidrográfica do Amazonas. A área é quase do tamanho dos Estados Unidos e a ideia foi posta em prática em uma cooperação entre cientistas da Wildlife Conservation Society (WCS), The Nature Conservancy, e diversos parceiros no Brasil e Peru.

Segundo o geógrafo e diretor da WCS Brasil, Carlos Durigan, o trabalho tem sido desenvolvido há quatro anos. "É um trabalho que na verdade se transformou em uma iniciativa que envolve algumas dezenas de instituições e pesquisadores. A ideia é criar uma base de informação a partir de análises de dados, do cenário que vivemos na bacia hidrográfica amazônica, para gerar bases de informações para iniciativas voltadas a construção até ao manejo e ao desenvolvimento regional", informou.

Durigan explicou que o marco espacial foi criado com séries de variáveis ambientais e se trata de uma nova classificação hidrológica que vai além do monitoramento. "A bacia hidrográfica da Amazônia vai além de fronteiras humanas. É a maior bacia de água doce do planeta e é bastante complexa. Essa abordagem tem como intenção trabalhar essa complexidade e gerar informação para as decisões tomadas a cerca dela", afirmou ao Portal Amazônia.

Para isso, os cientistas envolvidos no estudo dividiram a bacia em diversas sub-bacias definidas por 11 ordens diferentes de rios. Em nota foi informado que sete níveis diferentes de bacias foram definidos. O nível 1 é a principal bacia amazônica e as bacias dos grandes afluentes, como o Ucayalli (Peru) e Madeira, foram definidas como nível 2, e assim em diante. Essas informações fazem parte do artigo 'An explicit GIS-based river basin framework for aquatic ecosystem conservation in the Amazon', publicado no periódico Earth System Science Data.

A medida que os estudos forem divulgados, estarão disponíveis para consulta no site, explicou Durigan. De acordo com o geógrafo uma das metas é tentar incentivar a construção de estratégias e planejamentos para a região, de forma integrada. "Aos poucos vamos disponibilizando as informações mais detalhadas, toda a base do SIG também será disponibilizada. Esta é uma iniciativa que envolve de instituições públicas à ongs com o propósito de gerar movimento multisetorial, não apenas no Amazonas", disse. Durigan refere-se aos Andes, por exemplo, em que uma das vertentes é a análise dos fluxos de seus nutrientes para a Amazônia.

O marco se baseia no conceito de usar as bacias como unidades espaciais de análise, "quer dizer, quando usar uma análise de desmatamento fazer baseado nas bacias e avaliar o estado de cada uma, por exemplo". O diretor da WCS afirmou que este é o início e que muitos passos ainda serão seguidos. "Os próximos passos envolvem uma maior articulação entre os atores chave que vivem e atuam na região, articular as instituições hoje que desenvolvem políticas de desenvolvimento regional, de gestão, tentar construir uma agenda para gerar ações concretas, entre outros", disse Carlos Durigan.

Veja mais notícias sobre Meio Ambiente.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 25 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://portalamazonia.com/