Indígenas isolados são avistados em incêndio florestal no Maranhão
Segundo informações dos brigadistas, que também são indígenas, o grupo de isolados era formado por uma senhora, um jovem e uma criança que também estavam tentando combater o incêndio. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), as informações sobre o fato são desencontradas. Técnicos do órgão já se deslocaram ao local para qualificar as informações e orientar as equipes de campo.
"As chamas estão correndo nos mesmos lugares do ano passado e em novas áreas. Tanto que o fogo chegou nos isolados. Os avistamos a primeira vez há uns 15 dias, e agora novamente, mas dessa vez estavam batendo no fogo. Então cresceu", disse um brigadista ao Cime.
A Terra Indígena Araribóia tem mais de 413 mil hectares e abrange os municípios de Buriticupu, Arame, Amarante do Maranhão, Bom jesus das Selvas, Grajau e Santa Luzia. Estima-se que 12 mil indígenas Guajajara vivam no local além de 80 isolados Awá-Guajá.
Situação persiste em 2016
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 2016, as ações de combate aos incêndios que atingem a região no período de estiagem na Amazônia foram intensificadas no mês de julho.
Desde dia 8 de agosto, uma operação com mais de 60 brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama) atua para combater o novo incêndio que atinge 18% dos 413 mil hectares da Terra Indígena. Ainda segundo o Ibama, para evitar o contato com os isolados, foi necessário desmontar um dos acampamentos avançados do Prevfogo.
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