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Sábado, 20 Abril 2024

Parlamentar inspeciona Hospital de Campanha e pede dados sobre prestadores de serviço

O deputado Delegado Péricles (PSL) esteve nesta semana, em visita técnica ao Hospital de Campanha da Nilton Lins. O parlamentar esteve na unidade hospitalar, dez dias após ter encaminhado à Secretaria de Estado de Saúde (SES) ofício solicitando a cópia de todos os contratos de prestadores de serviço firmados pelo Governo do Estado para atuarem no local. Nessa segunda, Péricles verificou a prestação de serviços e afirmou que, assim como órgãos de controle, tem mantido atenção redobrada sobre o hospital.

"A CPI da Saúde já deu provas suficientes de que a atual gestão não pode receber 100% de confiança para gerir a saúde pública do Amazonas, principalmente no momento em que o estado recebe repasses do Governo Federal e, ainda, tem permissão liberada para a dispensa de licitação", afirmou o parlamentar.

Foto: Divulgação/Secom

Durante visita ao Hospital, o parlamentar solicitou a lista de empresas contratadas para manter a unidade em funcionamento. "Entregaram tabela com 13 tipos de serviços, sendo seis prestados pela própria Nilton Lins, e outros divididos entre mais cinco empresas. De acordo com a diretoria, a maioria dos contratos ainda está apenas com Projeto Básico concluído. Sigo no aguardo das cópias que pedi para verificar a legalidade e condução dessas contratações", continuou o Péricles.

Sobre as denúncias pontuadas por órgãos de controle, o deputado confirmou que o quadro pessoal ainda é deficitário. "Eles ainda precisam de médicos e enfermeiros. Alegaram que o mercado está sem tantos profissionais disponíveis e os que estão em outros Estados já não têm demonstrado tanto interesse em vir", continuou.

Ano passado, a Comissão Parlamentar d Inquérito da Saúde (CPI) da Saúde realizou investigações sobre os bastidores da saúde pública durante os meses de pico da Covid-19 no Estado. Dentre os casos absurdos detectados pela CPI – presidida por Péricles – foi identificado o serviço de lavanderia sob a responsabilidade da empresa Norte Serviços Médicos. Ainda em julho de 2020, a comissão recomendou à atual gestão que suspendesse todos os pagamentos relacionados à empresa ao descobrir que ela havia alegado a lavagem de quatro toneladas de roupas em apenas quatro dias com apenas seis pacientes internados. A Norte já faturou R$ 25 milhões em apenas três anos de prestação de contas ao Governo.

"Não tem como ficarmos inertes diante da possibilidade de novos absurdos acontecerem. A má gestão de dinheiro destinado à saúde custa vidas. Já resultou em muitas mortes. Ninguém aguenta mais tanta corrupção", concluiu. 

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