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Sexta, 19 Abril 2024

Produção industrial do Amazonas cai 20,6% em outubro



MANAUS
- O setor industrial do Amazonas recuou 20,6% no índice mensal de outubro de 2015, na comparação com igual mês do ano anterior, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho da indústria amazonense foi o pior entre 14 Estados pesquisados pelo instituto mais a região Nordeste, além de representar a quarta taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde julho de 2012 (-24,3%).Ainda de acordo com os números, nove das dez atividades pesquisadas assinalaram queda na produção. O setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-37,5%) exerceu a influência negativa mais relevante sobre o total da indústria, pressionado, em grande parte, pela menor produção de televisores, computadores pessoais portáteis (laptops, notebooks, handhelds, tablets e semelhantes), gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD, home theater integrado e semelhantes), telefones celulares, receptordecodificador de sinais de vídeo codificados e rádios para veículos automotores.Também tiveram destaque os recuos vindos de outros equipamentos de transporte (-27,4%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-12,3%), de impressão e reprodução de gravações (-46,5%), de máquinas e equipamentos (-32,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-28,1%) e de produtos de borracha e de material plástico (-24,3). Por outro lado, o principal impacto positivo veio do ramo de bebidas (12,8%), impulsionado, especialmente, pela maior produção de preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais.Índices também foram os pioresO indicador acumulado de janeiro a outubro deste ano mostrou redução de 15,1% também foi o pior do país no período e intensificou o ritmo de queda frente ao observado no primeiro semestre de 2015 (-14,2%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano passado. O setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-31,2%) exerceu a influência negativa mais relevante sobre o total da indústria, pressionado, sobretudo, pela menor produção de televisores, computadores pessoais portáteis (laptops, notebooks, handhelds, tablets e semelhantes), telefones celulares, receptor decodificador de sinais de vídeo codificados e monitores de  vídeo. Outros recuos importantes ocorreram nas atividades de outros equipamentos de transporte (-13,9%), de coque produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,4%), de bebidas (-4,6%), de máquinas e equipamentos (-19,1%) e de produtos de borracha e de material plástico (-18,2%), explicados, em grande parte, pela queda na fabricação de motocicletas e suas peças, na primeira; de gasolina automotiva, óleo diesel e óleos combustíveis, na segunda; de preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais, na terceira; de aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo “split system”), na quarta; e de peças e acessórios de plástico para a indústria eletroeletrônica e préformas de garrafas plásticas, na última.A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao registrar queda de -14,5% em outubro de 2015, novamente foi o pior índice entre os 15 locais pesquisados. Para Rebecca Garcia, superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), os números negativos recordes do Amazonas são consequência do próprio modelo Zona Franca de Manaus, cuja produção é voltada para o mercado interno, aliado à crise na economia brasileira. “Enquanto as outras indústrias têm o foco não só no mercado interno, mas também na exportação, nós produzimos basicamente para o mercado interno. Quando o país passa por um período econômico complicado, automaticamente o Amazonas sente mais do que os outros”, avalia Rebecca.Além disso, a titular da Suframa afirma que outro fator crucial para o mau desempenho da indústria local em 2015 é as dificuldades de crédito pelas quais um dos principais setores do PIM, o de duas rodas, vem enfrentando. Segundo Rebecca, a autarquia já estuda alternativas que possam reativar o Polo de Duas Rodas. “O Polo de Duas Rodas é o nosso maior gerador de empregos, inclusive na América Latina, e está passando dificuldades pelas restrições ao crédito. Estamos estudando alternativas para se construir soluções na questão do crédito porque sabemos que, eliminando o problema do crédito, poderemos produzir motos à vontade independentemente da situação econômica”, revelou Rebecca. 

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