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Quinta, 18 Abril 2024

Eletroeletrônico demitiu 10,9 mil em Manaus

MANAUS - O segmento eletroeletrônico do Polo Industrial de Manaus (PIM) encerrou 2015 com redução de 10,9 mil postos de trabalho e queda de 18,8% no faturamento em relação aos números de 2014. Segundo os indicadores de desempenho da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o subsetor, responsável pela maior participação no parque industrial, iniciou o ano com 41,3 mil postos em atividades, número 20,9% menor que o registrado no ano anterior quando o setor contava com 52,3 mil colaboradores. Para os empresários, o cenário negativo poderá ter continuidade caso o governo federal deixe de apresentar medidas que restrinjam a oneração de tributos. Segundo os indicadores de desempenho, o setor eletroeletrônico (incluindo bens de informática) foi o que apresentou maior índice de crescimento no quantitativo de demissões, seguido dos segmentos de duas rodas com menos 1.586 vagas e o setor de termoplásticos com queda de 1.544 oportunidades de trabalho.No último ano as fabricantes de eletroeletrônicos (exceto bens de informática) registraram faturamento de R$23,2 bilhões, com redução de 18,8% em relação aos números de 2014 período em que o setor faturou R$28,5 bilhões. Na avaliação do presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antonio Silva, o cenário negativo demonstrado pelas demissões e pelo faturamento resultam das intempéries que atingem o país nas áreas política e econômica.
O empresário afirma que as demissões podem continuar a ocorrer nos próximos meses caso o governo federal não tome providências quanto a medidas de contenção às onerações tributárias. Outra medida citada por Silva como contribuinte para um novo e melhor momento econômico nacional é a implantação de três reformas que são: tributária, previdenciária e trabalhista, seguidas de reformas políticas e judiciária.
“Essas medidas são necessárias para que o país se desenvolva. Por outro lado, o governo federal precisa definir o que quer do modelo ZFM ao invés de fazer críticas  infundadas”, disse. “Vemos que osinvestidores se retraem e começam a ficar preocupados”, completa. O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, também atribui a retração no faturamento e o crescimento no número de demissões industriais aos problemas econômicos que atingem o Brasil. Ele explica que no momento em que há cobranças de juros altos e a dificuldade de acesso ao crédito, o consumidor se retrai e deixa de fazer gastos. Como resultado, as empresas vendem menos, da mesma forma que o comércio. Logo, há menor produção e a empresa desliga o funcionário. “É necessário buscar o resgate da confiança tanto do consumidor quanto do investidor e isso só pode acontecer por meio de medidas apresentadas pelo governo federal, não tem outro caminho. É preciso retomar o equilíbrio das contas públicas. O governo precisa dizer qual será o rumo que o país deve tomar”, considera. Na avaliação de Périco, a partir da implantação ou da apresentação de medidas será possível visualizar uma redução ou um ‘freio’ às demissões. “Novas medidas seriam indicadores ao resgate e à confiança do consumidor. Conseguiríamos pôr freio ao processo de demissões”, disse.Homologações no Sindmetal Segundo o diretor do Sindmetal-AM (Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas), João Brandão, os desligamentos no PIM (Polo Industrial de Manaus) continuam ocorrendo, mas, os números relativos a janeiro de 2016 ainda não foram fechados. Ele informou que 2015 encerrou com redução de 33.061 postos de trabalho. Em 2014 o volume de demissões foi de 27.036. Houve um crescimento de 22% nas homologações.

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