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Terça, 16 Abril 2024

Comércio varejista do Amazonas registra queda de 55% nas vendas



MANAUS
- Ao contrário da movimentação sazonal registrada anualmente nos supermercados, no período natalino, o comércio varejista do Amazonas registrou, no último mês, queda de 55% nas vendas, em comparação ao mesmo período de 2014. Até o início desta semana a Associação Amazonense de Supermercados (Amase) contabilizou a venda de aproximadamente 45 mil toneladas de itens natalinos. Enquanto em 2014, entre novembro e dezembro, foram vendidas 100 mil toneladas de produtos. Um item que apresentou um crescimento de 5% nas vendas, o equivalente a 27 mil toneladas, foi o frango. O produto tem sido a alternativa para os clientes que querem economizar, deixando de lado outros tipos de aves como o peru e o chester.
De acordo com o presidente da Amase, Alexuel Rodrigues, neste ano os empresários conseguiram manter a média dos preços dos produtos que compõem a cesta natalina sem que houvesse maiores acréscimos. Rodrigues afirma que em alguns casos houve redução de até 10% sobre os valores. "A medida foi uma alternativa encontrada pelos fabricantes para tentar escoar os produtos e evitar os prejuízos", explica.
Apesar da manutenção dos preços, o representante descarta a possibilidade de o segmento varejista superar os números do faturamento alcançado no último bimestre de 2014. Ele informa que o movimento nos supermercados da cidade está abaixo do esperado para o período Até esta semana a associação registrou a comercialização de aproximadamente 45 mil toneladas de alimentos. Enquanto no mesmo período de 2014 esse número chegou a 100 mil toneladas.
Em 2013 as vendas foram fechadas em 175 mil toneladas. “Não houve reajuste nos valores. Os produtos estão até 10% mais baratos. Mesmo assim, ainda temos em torno de 30 mil toneladas de produtos em estoque. Não acredito que teremos um bom resultado como nos dois últimos anos”, disse Rodrigues. Na tentativa de economizar e ainda manter a tradição da ceia natalina, boa parte dos consumidores optou pelo consumo do frango ao invés do tradicional chester ou peru. A Amase registrou um aumento de 5% nas vendas de frangos congelados, percentual que representa 27 mil toneladas. O consumo mensal da ave no Amazonas é de dois milhões de toneladas, correspondentes a um mil a 1,5 mil carretas abastecidas pelo produto. O quilo do frango custa reem média R$ 5, enquanto o quilo do peru e do chester custam em média R$ 10. “O consumidor está fugindo dos gastos maiores e por isso opta por levar o frango no lugar do peru. Também notamos um crescimento nas vendas de enlatados como sardinha, salsicha, entre outros. Anteriormente, esses produtos não tinham tanta saída neste período. No geral, houve uma redução de 30% nas vendas de todos os produtos, até mesmo do peru”, informou.
Sem crise
Segundo o gerente de marketing do grupo DB, Guto Corbett, o período de retração econômica e a tão falada crise financeira não abalou as vendas. Ele afirma que a previsão é que haja crescimento de 5% nas vendas em relação a 2014. Para chamar a atenção do cliente o grupo trabalhou ferramentas de marketing por meio de promoções e sorteios de prêmios somados às ofertas diárias. “Tivemos uma forte negociação com os fornecedores para que conseguíssemos oferecer os produtos a preços acessíveis. Temos uma quantidade de ofertas diárias e mais a promoção dos sorteios. Foi uma forma de poder trabalharbem em um período de recessão, quando o poder de compra do consumidor está reduzido”, explicou. volume de produtos fornecidos ao estoque do DB para o repasse ao consumidor, neste ano, teve aumento estimado entre 2% e 5%, em comparação a 2014.
Conforme Corbett, o crescimento nas vendas de frango foi registrado pela empresa ao longo de todo o ano em decorrência do aumento nos valores da carne. Mas, ele garante que o chester e o peru continuam tendo a preferência do consumidor. “As vendas seguem o ritmo esperado para este ano e os repositores de produtos precisam estar atentos para abastecer os freezers em curto espaço de tempo. A procura é grande”, cita.
Importados Conforme Corbett, os produtos importados estão na lista dos mais ‘salgados’ para a ceia deste ano. Ele justifica que o aumento nos preços é decorrente da elevação da taxa cambial. Entre os itens que tiveram reajustes mais expressivos está o bacalhau que pode ser encontrado nas prateleiras com preços que variam entre R$33,9 e R$58,9, com reajuste estimado entre 15% e 20%; as frutas importadas e o azeite português. “As frutas importadas tiveram aumento cambial com reajuste entre 10% e 15%. As frutas nacionais também tiveram aumento”, conta.
Valores
Nas prateleiras o panetone pode ser encontrado com preços que variam entre R$4,29 a R$143,72; da mesma forma o peru, que em 2014 chegou a ter o quilo comercializado por R$12,5, neste ano pode ser adquirido por valores que variam entre R$11,98 e R$14,9; o chester, custa entre R$10,98 e R$16,9.

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