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Terça, 23 Abril 2024

Alunos de engenharia da UEA buscam títulos nacionais com protótipos de aeronaves

Alunos de engenharia da UEA buscam títulos nacionais com protótipos de aeronaves
Os estudantes de engenharia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) estão buscando aliar teoria e prática para alcançar títulos em competições nacionais. Protótipos de aeronaves são desenvolvidos por eles, por meio do Programa de Apoio à Consolidação das Instituições Estaduais de Ensino e/ou Pesquisa (Pró-Estado) da Fapeam.

O projeto Urutau Aerodesign tem como objetivo incentivar os estudantes de engenharia a participarem de atividades multidisciplinares, colando a UEA entre as mais competitivas universidades na área de engenharia da mobilidade.
 
Foto: Divulgação/Fapeam 
A iniciativa foi idealizada pelo professor doutor Antônio Kieling, que assume o desenvolvimento de todas as etapas do projeto na universidade desde sua criação.

“Tudo começou quando um grupo de alunos visitou uma apresentação de mobilidade na área de engenharia, na cidade de Florianópolis- SC, e voltou com a ideia de montar um projeto aeronáutico para a universidade. A partir disso, apoiei essa iniciativa e estou como coordenador e orientador até hoje”, disse.

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Atualmente, o grupo é formado por 25 estudantes das engenharias: mecânica, controle e automação, elétrica, civil, produção, naval e eletrônica, naval e química, que são empenhados na construção de protótipos de aeromodelismo com a finalidade de participarem de competições.

Segundo o coordenador, todo ano é lançado um edital para a seleção dos candidatos. “Selecionamos os alunos, através de provas de etapas eliminatórias compostas no edital, realizamos primeiro, uma prova teórica, após isso,  uma dinâmica com várias atividades que são propostas para avaliar o comportamento em equipe e os mais aptos são selecionados para compor ao time”, explicou.
 
Foto: Divulgação/Fapeam 
Campeonato nacional

Em 2017, a equipe de Manaus conquistou o 3º lugar no programa Competição SAE BRASIL Aerodesign, que é realizado, anualmente, na pista de decolagem do aeroporto da cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo. Neste ano, os estudantes ficaram em 5º lugar, e foram os únicos representantes da Região Norte no evento.

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O evento tem como principal objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes. Para o estudante do 2º período de Engenharia de Controle e Automação, Rodrigo Oliveira, o projeto traz uma grande experiência profissional.
 
Foto: Divulgação/Fapeam 
“Desde criança fui muito apaixonado por aviação e desde os 18 anos eu pratico aeromodelismo. Logo quando entrei na UEA já tinha muita vontade de participar do Urutau. Além disso, é perceptivo que um projeto desses tem um peso muito grande para meu desenvolvimento pessoal e profissional”, afirmou.

Com mais de anos no projeto, Yuri Silva, do 6º período de Engenharia Mecânica, conta que desde o Ensino Médio já participava de campeonatos de competições, mas de outros segmentos.

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“A função que desenvolvo no projeto é de cargas e estruturas, entrei no 1º período da faculdade, pois já tinha uma base de eventos de competição. Assim que ingressei  na UEA tive a oportunidade de fazer parte do Urutau, comecei a criar uma paixão para o segmento da aeronáutica, após terminar a graduação penso em fazer um mestrado na área”, relata o estudante.

Apoio

O projeto, que surgiu em 2013, teve apoio financeiro da Fapeam com recurso de R$ 298 mil. O apoio possibilitou a construção de um laboratório que, atualmente, funciona como oficina de trabalho para a construção das aeronaves, com estrutura de equipamentos, computadores e softwares apropriados para a criação dos protótipos.
 
Foto: Divulgação/Fapeam 
Para o coordenador, a ideia é que futuramente que a iniciativa venha firmar um corpo técnico nas diversas áreas da engenharia aeronáutica.

“Esperamos que em um futuro próximo, o fruto de todo esse trabalho, gere um núcleo de pessoas altamente qualificadas para a criação de um curso tecnológico na área de aeronáutica ou até mesmo de engenharia. Vivemos na região com uma necessidade muito grande de deslocamento aéreo, no qual temos aeroportos, aeronaves, mas não temos um curso de formação para futuros engenheiros de aeronáutica”, explicou.

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