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Toadas são declaradas Patrimônio Cultural Imaterial do Amazonas

Toadas são declaradas Patrimônio Cultural Imaterial do Amazonas
Ritmo musical tradicional do Amazonas, as toadas foram declaradas Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do estado. A Lei n. 4.477/2017 foi assinada pelo governador interino David Almeida e publicada na edição desta terça-feira (16) do Diário Oficial do Estado.
Foto:Reprodução
 O cantor e compositor, Nicolas Junior, é um artista reconhecido na região amazônica e já compôs uma toada para o Garantido. Segundo ele, o estilo musical representa uma parte importante da nossa cultura. "Estava na hora já,  eu acho que a toada representa muito bem o nosso povo, e o festival principalmente que movimenta o Estado todo, tanto a arte quanto a economia", afirma o cantor que já compôs toadas para o Garantido.
Para Nicolas, a toada é um ritmo que deveria ser conhecimento mundialmente. Ao Portal Amazônia, o artista também destacou a composição 'Lamento Caboclo', que escreveu para o Bumbá Garantido em 2001. "Compus a canção há 16 anos, e até hoje as pessoas pedem para eu tocar no meu show. É uma música que fala das nossas lendas e dos caboclos da Amazônia. Eu sou grato a todos os artistas e compositores que doam suas vidas para escrever toada", contou.
"Não significa muito"

Um dos compositores de maior expressão do ritmo, o parintinense Chico da da Silva, no entanto, é mais crítico. Na opinião do autor de toadas como Vermelho, Boi Bonito e Gavião Real, mais urgente que tornar a toada Patrimônio Cultural, seriam maiores incentivos e investimentos por parte do governo, não só no Festival Folclórico de Parintins, mas em todos os eventos culturais do estado, como o Festival da Canção de Itacoatiara (Fecani), a Ciranda de Manacapuru e o Boi Manaus.

"[O Decreto] É legal, mas na minha opinião não significa muito. O que está em jogo não é a toada. O que está em jogo é o evento no qual a toada se insere. Não adianta [a toada] se tornar Patrimônio Imaterial porque ela já é. A toada tem mais de cem anos. O mais importante é incentivar a cultura, tornar o boi grande, como sempre foi. Perdemos espaço.  Hoje, infelizmente o Boi Bumbá vive à mingua", reclamou Chico da Silva.

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