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Quarta, 24 Abril 2024

Como vencer nas entrevistas por vídeo

Foto: Surface / Unsplash

As entrevistas por vídeo foi uma descoberta ímpar por parte das empresas que mudaram seus formatos de processos seletivos no período da quarentena do Covid-19. A comodidade gerada por esse novo modelo de seleção é um dos motivos que gerou o aumento desse interesse. Além disso, elimina os custos das empresas e dos profissionais concorrentes que, em alguns casos, não possuem recursos financeiros suficientes para o transporte até a empresa e todas as idas e vindas de testes, exames, dinâmicas e assim por diante.

A princípio, temos uma visão equivocada sobre a entrevista por vídeo ser algo terrível e que envolve uma apresentação através de uma câmera. Esse fator sempre gera uma auto cobrança maior do que se fosse uma entrevista presencial. A cobrança excessiva sobre a ideia de estar em uma câmera cria medos e receios em profissionais que possuem muitos talentos, mas que podem ficar fora dos processos justamente por não terem boa desenvoltura com esse formato, seja por se sentirem envergonhados ou acharem que não sabem fazer isso.

Nesse artigo vamos tratar sobre as principais dúvidas de profissionais sobre o assunto, com as perguntas que normalmente são feitas a especialistas de Emprego e Carreira: 

Foto: Surface / Unsplash

Preciso me vestir com roupa social ou mais despojada?

A ideia de que estaremos na frente de uma câmera cria um estado de alerta em nós, profissionais. Por ser algo "mais chique", pensamos que precisamos estar com um nível de formalidade alto. Entretanto, isso é mito popular. A vestimenta em um processo seletivo por vídeo deve ser da mesma forma que seria se fosse presencial. Nada muda, apenas o formato e local da conversa.

Nesse item, especificamente, precisamos avaliar o tipo de cargo que estamos concorrendo. Se for um mais operacional, por exemplo, não requer uma roupa formal, com gravata ou caminha de punho. Se for uma vaga mais formal, de escritório, a vestimenta social pode ser mais ideal. Se for um trabalho bancário, por exemplo, requer um rito mais formal, como terno, gravata ou qualquer apetrecho similar. O desafio é adaptar as vestes de acordo com o tipo de função. Ninguém imagina um engenheiro de campo de obras com um terno e gravata, não é mesmo? Ou um gerente de banco de camisa regata. 

Foto: Surface / Unsplash

Como devo dividir a minha fala?

Qualquer processo de comunicação e convencimento possui três etapas, cada uma específica no seu campo de fala. Normalmente ouvimos que o campo de desenvolvimento, quando vamos explanar sobre nossas experiências e desempenhos por onde passamos, é mais importante, entretanto, a recomendação técnica é que se invista mais na introdução do que no desenvolvimento. E lhe vou explicar o motivo.

- Introdução: esse é o momento de criação de encanto do profissional para com o/a recrutador/a ou gestor/a. É uma etapa crucial, que podemos considerar sendo 40% do nível de eficiência. Quando se faz uma boa introdução, criamos um ambiente interessante de aceitação, o que vai fazer com que a conversa flua de forma mais eficiente, visando a aprovação. O passo ideal para essa etapa é falar sobre o motivo de ter escolhido a área, sobre a paixão que tem pela sua profissão, sobre Família, sobre gostos pessoais e ou assuntos similares, claro..... sem exageros de intimidade. Dessa forma, criamos um ambiente misto, que vai promover uma ligação invisível com quem estiver conversando conosco.

- Desenvolvimento: é a etapa que vamos explanar as nossas experiências em si e nossos resultados obtidos nas atividades que exercemos. Nesse item é fundamental falarmos sobre percentuais ou números. Exemplo: se João trabalhou com controle de custos no setor financeiro, é ideal que ele faça uma projeção média de quanto conseguiu reduzir custos e economizar recursos com a sua atuação. Nem sempre temos isso em números em si, mas podemos criar uma projeção percentual. Isso vai criar musculatura na conversa, mostrando, de forma prática, como é possível gerar economia para a empresa. Outro exemplo..... Maria trabalhou no setor comercial de uma empresa. Na entrevista, ela deve falar quantos por centro conseguiu desenvolver o seu setor. E assim por diante.

- Conclusão: nessa etapa devemos encerrar a conversa com uma colocação fechada. Mais abaixo, vamos abordar alguns exemplos práticos. 

Foto: Dylan Ferreira / Unsplash

Qual o local ideal para fazer uma entrevista por vídeo?

O local de exposição numa entrevista por vídeo também é um fator importante de analisarmos. Um ambiente com uma janela, por exemplo, pode fazer com o que a pessoa que estiver nos entrevistando tenha algum desvio de atenção, se passar um pássaro, ou um avião ou qualquer outra coisa. Esses segundos de desvio de atenção podem render a desclassificação no final da conversa. A conversa por vídeo requer o máximo possível de atenção por parte de quem está nos ouvindo. Por isso, precisamos prender essa atenção e não permitir qualquer segundo de desvio.

Além disso, é bom pensarmos nas cores: s for uma cor escura, por exemplo, pode gerar contraste na câmera e deixar a imagem ofuscada. Se você uma cor muito forte como rosa pink, pode gerar irritação visual e mental em quem está do outro lado. Por isso, o ideal é que sejam cores claras, com uma parede e sem outros objetivos como quadros, escrivaninhas ou afins.

Como devo concluir a entrevista por vídeo?

A ousadia sempre é uma iniciativa que chama a atenção, independente de onde estejamos. Abaixo vou listar alguns tipos de falas que podemos usar para a conclusão da entrevista. Acredite.... dá certo !!!

- Quando posso ligar para ter o retorno final?

- Quando começo na função?

- Por algum motivo, você não me contrataria?

Sim, imagino que lendo essas colocações, podemos ter um certo medo de falar. Entretanto, se não tivermos atitudes diferentes, não teremos resultados diferentes. Por isso, é fundamental fazer o que poucas pessoas fazem. Esse pode ser o grande diferencial.

E agora? Vamos para a prática?


Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular. 

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