União de 119 parceiros beneficiou mais de 340 mil pessoas com ações contra Covid-19 no Amazonas

A Aliança Covid-Amazonas desenvolve ações para diminuir os impactos do coronavírus no Amazonas,  em cidades do interior do Estado, aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas.

A frase a “união faz a força” representa bem as ações que estão sendo realizadas há 11 meses, desde o início da pandemia da Covid-19 e quando a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) articulou a criação da “Aliança dos povos indígenas e populações tradicionais e organizações parceiras do Amazonas para o enfrentamento do coronavírus”, que atualmente tem 119 parceiros, entre prefeituras, ONGs, empresas, instituições internacionais e de pesquisas, além de embaixadas de outros países.

A Aliança Covid-Amazonas é uma grande força-tarefa, que desenvolve ações para diminuir os impactos do coronavírus no Amazonas, principalmente em cidades do interior do Estado, aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas. Constantemente, centenas de pessoas que participam da Aliança se reúnem, de forma online, para apresentar as demandas e dificuldades que enfrentam em suas localidades em relação ao vírus. Os colaboradores da FAS anotam tudo, planejam estratégias e apresentam soluções. 

Foto: Divulgação / FAS

Essa mobilização, coordenada pela FAS, já garantiu mais de R$ 43 milhões em recursos financeiros, materiais e equipamentos, que estão sendo utilizados em ações para redução do contágio do coronavírus, saúde mental, atendimento básico de saúde, transporte de emergência de pacientes, materiais de comunicação, projetos para retomada pós calamidade, entre outros.

Mais de 340 mil pessoas foram beneficiadas com as ações da Aliança Covid-Amazonas. São moradores de 6,5 mil comunidades e aldeias do interior, localizadas em 45 municípios do Estado, além de bairros de Manaus.

Ao todo, são mais de 47 projetos em implementação e 209 ações executadas, principalmente com doações de mais de 605 mil máscaras, mais de 38 mil cestas básicas, 6,5 mil protetores faciais, mais de 27 mil frascos com álcool gel, mais de 11 mil medicamentos, mais de 584 mil sachês para purificar água, 636 termômetros digitais, 103 medidores de pressão, 1,6 mil oxímetros, oito “ambulanchas” (que são lanchas motorizadas/ambulâncias), e muitos outros materiais.

Foto: Divulgação / FAS

Também vale destaque a doação de máquinas de costura e tecido para o Programa de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável na Amazônia (Reusa), que produziu quatro mil máscaras; produção de vídeos sobre saúde mental ribeirinha; realização de testes rápidos na Área de Proteção Ambiental (APA) Rio Negro; entrega de leitos de Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs); entrega de insumos para geração de renda de 33 microempreendedores de Manaus; doação de combustível para casas de produção de farinha; entrega de material a produção de 7,5 mil máscaras na capital; entrega de crédito alimentício em 16 tabernas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro; e muitos outros.

Saúde na Floresta

Durante as atividades da Aliança Covid-Amazonas ficaram evidentes os inúmeros problemas relacionados ao atendimento na atenção básica de saúde, principalmente no interior e em comunidades distantes. Diante disso, a FAS iniciou as articulações para criação do Programa Saúde na Floresta, com uma série de ações para melhorar o atendimento em saúde.

Entre as quais, a instalação de pontos de telemedicina com atendimento médico e psicológico através da internet. A FAS tem feito uma grande articulação, com parceiros e com o apoio do programa “Todos pela Saúde” do banco Itaú, para garantir a instalação de placas de energia solar e do sistema de internet nas comunidades ribeirinhas e indígenas. Com isso, o paciente com sintomas leves não precisa fazer o deslocamento até a cidade mais próxima com hospital.

Outro componente do programa é o SUS na Floresta, uma iniciativa para analisar, debater e propor ajustes no Sistema Único de Saúde (SUS) para melhor adequá-lo à realidade da Amazônia profunda. “Queremos fortalecer e aprimorar o SUS para o contexto específico das comunidades e aldeias amazônidas”, explica o superintendente geral da FAS, Virgilio Viana.

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