Empresa do Amazonas cria tapa-buracos à base de juta
O produto é feito com uma mistura de asfalto, areia, seixo, aditivos e uma manta de juta. A juta é uma fibra têxtil vegetal produzida, principalmente, no Amazonas. Segundo Bernardo, sem a juta, algum produto sintético, normalmente de outra cidade, precisaria ser adicionado à mistura. A aplicação da juta na tecnologia oferece a comodidade de ser um produto facilmente adquirido na região, e com preço inferior ao outras fibras.
Na opinião do engenheiro, a solução disponibilizada pela Ecoete também elimina a complexa logística de materiais e pessoas que são necessários para fazer a manutenção das estradas e ruas do Amazonas, e até do restante do Brasil. "Atualmente para uma cidade fazer correções nas suas ruas ela precisa de uma usina de asfalto, carretas para transportar máquinas pesadas como rolo compressor e uma média de doze pessoas. Com o Pavepatch não é precisa utilizar asfalto ou máquinas pessoas. Duas pessoas com um carro podem fechar um buraco através da solução”, disse Bernardo.
Forno utilizado na produção do Pave Patch. Foto: Divulgação/Ecoete
Barreira nacional, abertura internacional
Um dos grandes empecilhos para a utilização do produto em larga escala é a "resistência das pessoas à coisas novas", avalia Bernardo. "Principalmente falando de métodos que estão disponíveis há pelo menos 20 ou 30 anos. O poder público, que é um dos setores que mais investe na manutenção de ruas, não dá sinal de interesse", revela o engenheiro da empresa.
Atualmente, a Ecoete busca encontrar compradores em outros países que adotem o uso da tecnologia. "Estradas nós temos em todo lugar. Há muitas possibilidades em outros países, principalmente aqueles que já têm a prática de adotar novas tecnologias em suas estradas, como a Alemanha e a Holanda”, finaliza Bernardo.
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