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Terça, 23 Abril 2024

Vazamento de petróleo no Peru contamina afluente do rio Amazonas


Área afetada pelo vazamento de óleo. Foto: Divulgação/Oefa

MANAUS
- Dois vazamentos no principal oleoduto do Peru causaram o derramamento de três mil barris de petróleo na bacia do rio Marañon, um dos afluentes do rio Amazonas. O local atingido pelos vazamentos está localizado distante cerca de 900 quilômetros da fronteira com o Brasil. O óleo poluiu trechos dos rios Chiriaco e Morona, localizados no noroeste peruano, onde existem comunidades ribeirinhas que dependem dos cursos d'água para subsistência. No mínimo oito comunidades Achuar foram afetadas.
Área afetada pelo vazamento de óleo. Foto: Divulgação/OefaDe acordo com informações da estatal Petroperu, o primeiro vazamento ocorreu no dia 25 de janeiro em Villa Hermosa, no Distrito de Imaza, Departamento de Amazonas, na altura do KM 441 do Oleoduto Norperuano. O incidente foi provocado por um deslizamento de terra por causa das fortes chuvas que atingem a região. A empresa afirma que "imediatamente foi executado o plano de contingência para controlar o vazamento".Mesmo assim, um trecho de 30 km do rio Chiriaco foi contaminado. O tempo chuvoso atrapalha os esforços da petroleira em minimizar os danos. Imagens de emissoras de comunicação peruanas mostram os rios cobertos por lama negra e florestas encharcadas.O segundo vazamento foi identificado no dia 4 de fevereiro no KM 206 do Oleoduto Norperuano nas proximidades do Distrito de Morona, na província Datem del Marañón, Departamento de Loreto, a 13 km da Comunidade de Mayuriaga. As causas ainda estão sendo investigadas.EmergênciaSegundo matéria publicada no G1, o Ministério da Saúde do Peru declarou uma emergência de qualidade da água em cinco distritos nas proximidades dos vazamentos.

Técnicos da Oefa coletam amostras de água para avaliar contaminação. Foto: Divulgação/Oefa

Ainda de acordo com a matéria, a Petroperu enfrentará multas equivalentes a U$$ 17 milhões se exames confirmarem que os vazamentos, ocorridos no final de janeiro e no início de fevereiro, prejudicaram a saúde dos locais atingidos, afirmou a Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental do Peru (Oefa).O que diz a empresa?"A Petroperu continuará apoiando as comunidades afetadas pelo vazamento do Oleoduto Norperuano. A empresa está consternada e reafirma seu compromisso de limpar e remediar os danos causados ao meio ambiente, e recuperar o local nas mesmas condições de antes do incidente". A declaração foi dada pelo presidente da empresa, Germán Velásquez Salazar, ao Ministro da Saúde e ao presidente do Departamento de Loreto, René Chávez, em reunião em Datem del Marañón. A empresa também assumiu o compromisso de dar assistência com alimentos, água e atendimento médico as comunidades afetadas. Além disso, prometeu fazer poços artesianos nas comunidades que precisarem.

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