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Sexta, 19 Abril 2024

Setor têxtil do Polo Industrial de Manaus vence a crise e cresce 25%



MANAUS -
 Na contramão da crise econômica que afeta diretamente a indústria de todo o País, o setor de vestuário e calçados do Polo Industrial de Manaus (PIM) apresentou, de janeiro a julho de 2015, um crescimento de 25,04% em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com os números dos Indicadores Industriais, divulgados pela Suframa, nos sete primeiros meses deste ano, o faturamento do segmento de vestuários e calçados superou os R$17,86 milhões, contra R$14,28 milhões em 2014. Na comparação em dólares, no entanto, o faturamento de US$ 5,88 milhões representa uma queda de 5,87% no faturamento também em relação ao ano passado, quando o montante arrecadado foi de US$ 6,25 milhões.
O diretor-presidente da BDS, Luiz Augusto Barreto Rocha, confirma o bom desempenho do setor neste ano e atribui o crescimento do segmento à grande liderança da BDS dentro do setor têxtil, que, segundo o empresário, está estimada em mais de 90% da participação no mercado formal. Ele explicou, porém que, para garantir um crescimento no faturamento superior a 40%, a BDS teve que se adaptar aos tempos de crise, com reduções de preços e margens de lucro, além de revisar integralmente toda estrutura de custos, especialmente fixos e de pessoal. “O crescimento da BDS tem grande impacto nestes bons resultados dos números apurados pela Suframa. Até outubro/2015 realizamos crescimento de faturamento em reais acima de 40%. Porém há de ser considerado que crescimento de faturamento muitas vezes nada tem a ver com o que permite a sobrevivência das empresas, que é o melhor lucro. Nossa meta é termos até fecharmos este ano, resultados melhores que 2014, mas não apenas em faturamento”, ressaltou Luiz Augusto.

Para 2016, as expectativas do setor têxtil são de um ano difícil. Para tentar driblar, os empresários buscam alternativas para manter os bons níveis. Foto: Reprodução/Shutterstock

Clientes
Ainda segundo o diretor-presidente, até setembro cerca de 25% do faturamento da empresa foi obtido em decorrência de contratos governamentais, como o que foi firmado com o Consórcio Construtor Belo Monte, uma das maiores obras em andamento no mundo hoje e uma das maiores geradoras de empregos na construção civil, e vendas de roupas escolares e militares. Porém, ele ressalta que, apesar do faturamento crescente, a partir do último mês de setembro, com a redução dos orçamentos dos governos houve a consequente redução destes fornecimentos e a empresa se viu forçada a demitir em torno de 130 pessoas. “Esperamos que no início de 2016 a situação dos orçamentos governamentais estejam melhores resolvidos, e estas demandas retornem, até porque educação e segurança são fundamentais sempre, especialmente em nosso país. Isso acontecendo, começaremos o ano de 2016 admitindo”, avalia. Para 2016, as expectativas do setor têxtil são de mais um ano difícil. Para tentar driblar a crise, os empresários do segmento buscam alternativas para manter os bons níveis de faturamento. Uma das estratégias, segundo o empresário, além do maior volume de trabalho e envolvimento das pessoas, será o foco em alguns segmentos de produtos de maior valor agregado e voltados para a proteção e segurança.“Olho firme nos custos e no caixa. Somos afetados pela crise igualmente e não adianta chorar nem se lamentar. Não olhar pela janela e repetir notícias ruins, é melhor olhar no próprio espelho e agir. Olho no futuro, que será melhor que hoje e estaremos mais preparados para realizar melhorias constantes em nossos negócios”, Sobre a BDS
BDS é uma empresa amazonense com atuação nacional e internacional. Em 2014, a empresa realizou vendas para 23 dos 27 Estados brasileiros. Hoje, a empresa é fornecedora de grandes indústrias mundiais no segmento siderúrgico e com atividades industriais agressivas aos funcionários, como fundições. “Nestas empresas os valores dos passivos trabalhistas no caso de acidentes de trabalho que tragam danos à saúde dos empregados são muito altos –e crescentes. Desta forma, em momentos de crise, proteger o caixa aumentando a segurança e tomando decisões de eliminação de passivos são também muito observadas pelos nossos melhores clientes”, explicou o empresário.

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