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Terça, 23 Abril 2024

Rio Negro deve voltar a subir em duas semanas em Manaus, aponta CPRM


Rio Negro deve voltar a subir em Manaus em duas semanas. Foto: Chico Batata

MANAUS - O nível do Rio Negro deve voltar a subir em, no máximo, duas semanas. A previsão é do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Na quarta-feira (17), o rio atingiu 19,70 metros, 4,79 a menos que no mesmo dia em 2015. A descida das águas no mês de fevereiro é incomum, mas não é inédita, afirma o gerente de hidrologia do órgão, André Santos."Essa descida do nível do rio não é uma vazante, é reflexo de uma súbita descida de 3 metros que ocorreu no rio Solimões e que influencia diretamente o nível do Negro em Manaus. Como o Solimões voltou a subir 2 metros, em uma ou duas semanas o Negro vai mudar de comportamento em Manaus e voltar a subir", explica. Desde o dia 1º de fevereiro, o Negro já desceu 44 centímetros. Em 2015, neste mesmo intervalo, ele havia subido 1,51 metros e estava com 25,77.A preocupação do CPRM não se concentra em Manaus, que está na foz do rio Negro, mas nos municípios que estão na cabeceira do rio. "Mesmo baixo, o nível do rio Negro não impacta de maneira negativa a capital. Mas o mesmo não acontece com São Gabriel da Cachoeira e Barcelos, por exemplo, onde o nível do rio baixo prejudica o abastecimento das cidades e o deslocamento das pessoas. Lá é época de pico de vazante, acontece que o nível do rio está menor que o normal", avalia.Nos municípios que estão no alto e médio curso do rio Negro, e que estão sofrendo com a descida acentuada das águas, quatro municípios já decretaram Situação de Emergência. A situação nestes locais deve começar a se normalizar entre março e abril, quando deve começar a chover.André Santos também descarta o fenômeno EL Niño como causa direta da vazante acentuada. "O El Niño não é o responsável direto. Acontece que, por conta da atuação do fenêmeno, há um defict de chuvas nas cabeceiras de todos os rios na margem esquerda do Solimões por isso, os rios ainda estão com os níveis baixos quando deveriam estar mais elevados", acrescenta.

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