Ponta das Lajes: projeto de Niemeyer na zona leste de Manaus não tem previsão de execução
Com um projeto feito em 2005 por Oscar Niemeyer, o Memorial do Encontro das Águas seria a segunda obra do famoso arquiteto na Amazônia e a última em vida. Com o custo de R$ 600 mil pelo projeto, a Prefeitura de Manaus ainda não tem previsão para o início das obras, no local hoje conhecido como Ponta das Lajes, no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste.
São 14 anos que o projeto continua parado, e mesmo nos últimos anos tendo sido especulado entre o governo do Estado e a Prefeitura, em suas referidas gestões, o Memorial continua no impasse e sem orçamento para a obra.
Segundo o deputado federal Serafim Corrêa, autor do projeto, a obra seria uma alternativa ao turismo de Manaus. "Com o orçamento de 5 bilhões, a prefeitura poderia fazer o projeto, que pelo meus cálculos estaria custando hoje, cerca de 40 milhões. Mas isso representaria um valor tão pequeno diante da possibilidade turística do local, que além da zona Oeste (praia da Ponta Negra) e área Central, o turística poderia ir até a zona Leste, e ter a visão em terra de um dos grandes fenômenos da nossa região: o Encontro das Águas", disse o deputado.
A área funciona como um mirante, atualmente, mas tem o acesso da população dificultado pelas condições da estrada e o abandono do local, que antes funcionava uma torre da Embratel, e ao ser desativada, a área foi repassada à prefeitura. Em janeiro, o prefeito de Manaus esteve no local e anunciou que pretendia viabilizar algumas melhorias de infraestrutura como asfaltamento e criação de um bosque para dar um paisagismo para o local.
“Esse projeto faria Manaus crescer muito em seu potencial turístico. Eu não tenho como realizar o projeto inteiro, então queremos construir um restaurante terceirizado e realizar o asfaltamento em dois quilômetros na via de acesso, com a revisão de base e sub-base com asfalto de qualidade. Queremos receber nesta área tanto as famílias da cidade quanto os turistas”, disse o prefeito Arthur Virgílio Neto quando esteve na área, em janeiro de 2019.
Conhecida pela comunidade da Colônia Antônio Aleixo, zona leste, como Ponta Branca, em alusão contrária à Ponta Negra, o Mirante seria não só uma oportunidade de contemplação do Encontro das Águas, mas também de lazer através da praia que se forma no local.
"Ali na Ponta das Lajes é muito bonito, o projeto seria muito viável tanto para o turismo, quanto para os moradores. Eu já fui com minha família, e a visão panorâmica que se tem do encontro das águas é muito bonita. Aquilo está abandonado, a gente frequenta, como medo, mas frequenta, então o Momorial ajudaria a melhorar", disse o motorista de aplicativo Fábio Martins de Almeida, morador da área.
Já o personal trainer, Jhon Braga, que também é morador, acredita que quanto menos pessoas souberem do local, menos será frequentado e o impacto da poluição será ainda menor. "O local é lindo e cheio de descobertas, caminhos, trilhas, praia... Adoro aquele lugar. E antes, o local, era pouco conhecido, mas agora muita gente frequenta, tá bem popular. Pessoas começaram a limpar o local, para receber os visitantes, cobrar uma quantia em dinheiro para guardar os carros, e a consequência é o lixo", conta Jhon ressaltando que tem tem ciúmes do local.
Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Srminf), informou que o valor a ser repassado pela emenda parlamentar, seria utilizado para complementar recursos para a melhoria da pavimentação da Rua Desembargador Anísio Jobim, que liga ao monumento Parque Encontro das Águas município de Manaus. E que após o repasse da verba, a prefeitura ficará responsável por elaborar o projeto básico da área e licitar.
Quanto a construção do Memorial Encontro das Águas, a Prefeitura de Manaus ainda estuda a possibilidade de novas fontes de recurso.
Tombamento
O Encontro das Águas foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2010, no Rio de Janeiro (RJ). Os mais de 10 quilômetros em que é possível observar as águas escuras e transparentes do Rio Negro correndo ao lado das águas turvas e barrentas do Rio Solimões, no Amazonas, foram tombados em função da excepcionalidade do fenômeno, considerando seu alto valor paisagístico.
O processo de instrução do tombamento reuniu um diversificado conjunto de insumos – as designadas dimensões geomorfológicas, geológica-paleobiológica e de biodiversidade – que explicam aquilo que o olhar registra como a imagem do “Encontro das Águas” – a dimensão cênica –, ao qual se poderiam associar as dimensões culturais expressas nos sítios arqueológicos identificados e nas expressões etnográficas reconhecidas nas práticas e tradições das populações ribeirinhas.
Gravuras Rupestres
Na época de descida do rio, várias gravuras rupestres podem ser vistas na área da Ponta das Lajes, o que deixa o local ainda mais especial. Arqueólogos estimam que os desenhos tenham entre até 7 mil anos.
Memorial Encontro das Águas
O projeto prevê a criação de um memorial que vai abrigar um salão de exposições e um aquário de peixes da região, uma praça destinada à apresentação de danças típicas amazônicas, um restaurante, com vista para o Encontro das águas.
São 14 anos que o projeto continua parado, e mesmo nos últimos anos tendo sido especulado entre o governo do Estado e a Prefeitura, em suas referidas gestões, o Memorial continua no impasse e sem orçamento para a obra.
Segundo o deputado federal Serafim Corrêa, autor do projeto, a obra seria uma alternativa ao turismo de Manaus. "Com o orçamento de 5 bilhões, a prefeitura poderia fazer o projeto, que pelo meus cálculos estaria custando hoje, cerca de 40 milhões. Mas isso representaria um valor tão pequeno diante da possibilidade turística do local, que além da zona Oeste (praia da Ponta Negra) e área Central, o turística poderia ir até a zona Leste, e ter a visão em terra de um dos grandes fenômenos da nossa região: o Encontro das Águas", disse o deputado.
A área funciona como um mirante, atualmente, mas tem o acesso da população dificultado pelas condições da estrada e o abandono do local, que antes funcionava uma torre da Embratel, e ao ser desativada, a área foi repassada à prefeitura. Em janeiro, o prefeito de Manaus esteve no local e anunciou que pretendia viabilizar algumas melhorias de infraestrutura como asfaltamento e criação de um bosque para dar um paisagismo para o local.
“Esse projeto faria Manaus crescer muito em seu potencial turístico. Eu não tenho como realizar o projeto inteiro, então queremos construir um restaurante terceirizado e realizar o asfaltamento em dois quilômetros na via de acesso, com a revisão de base e sub-base com asfalto de qualidade. Queremos receber nesta área tanto as famílias da cidade quanto os turistas”, disse o prefeito Arthur Virgílio Neto quando esteve na área, em janeiro de 2019.
Conhecida pela comunidade da Colônia Antônio Aleixo, zona leste, como Ponta Branca, em alusão contrária à Ponta Negra, o Mirante seria não só uma oportunidade de contemplação do Encontro das Águas, mas também de lazer através da praia que se forma no local.
"Ali na Ponta das Lajes é muito bonito, o projeto seria muito viável tanto para o turismo, quanto para os moradores. Eu já fui com minha família, e a visão panorâmica que se tem do encontro das águas é muito bonita. Aquilo está abandonado, a gente frequenta, como medo, mas frequenta, então o Momorial ajudaria a melhorar", disse o motorista de aplicativo Fábio Martins de Almeida, morador da área.
Já o personal trainer, Jhon Braga, que também é morador, acredita que quanto menos pessoas souberem do local, menos será frequentado e o impacto da poluição será ainda menor. "O local é lindo e cheio de descobertas, caminhos, trilhas, praia... Adoro aquele lugar. E antes, o local, era pouco conhecido, mas agora muita gente frequenta, tá bem popular. Pessoas começaram a limpar o local, para receber os visitantes, cobrar uma quantia em dinheiro para guardar os carros, e a consequência é o lixo", conta Jhon ressaltando que tem tem ciúmes do local.
Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Srminf), informou que o valor a ser repassado pela emenda parlamentar, seria utilizado para complementar recursos para a melhoria da pavimentação da Rua Desembargador Anísio Jobim, que liga ao monumento Parque Encontro das Águas município de Manaus. E que após o repasse da verba, a prefeitura ficará responsável por elaborar o projeto básico da área e licitar.
Quanto a construção do Memorial Encontro das Águas, a Prefeitura de Manaus ainda estuda a possibilidade de novas fontes de recurso.
Tombamento
O Encontro das Águas foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2010, no Rio de Janeiro (RJ). Os mais de 10 quilômetros em que é possível observar as águas escuras e transparentes do Rio Negro correndo ao lado das águas turvas e barrentas do Rio Solimões, no Amazonas, foram tombados em função da excepcionalidade do fenômeno, considerando seu alto valor paisagístico.
O processo de instrução do tombamento reuniu um diversificado conjunto de insumos – as designadas dimensões geomorfológicas, geológica-paleobiológica e de biodiversidade – que explicam aquilo que o olhar registra como a imagem do “Encontro das Águas” – a dimensão cênica –, ao qual se poderiam associar as dimensões culturais expressas nos sítios arqueológicos identificados e nas expressões etnográficas reconhecidas nas práticas e tradições das populações ribeirinhas.
Gravuras Rupestres
Na época de descida do rio, várias gravuras rupestres podem ser vistas na área da Ponta das Lajes, o que deixa o local ainda mais especial. Arqueólogos estimam que os desenhos tenham entre até 7 mil anos.
Memorial Encontro das Águas
O projeto prevê a criação de um memorial que vai abrigar um salão de exposições e um aquário de peixes da região, uma praça destinada à apresentação de danças típicas amazônicas, um restaurante, com vista para o Encontro das águas.
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Comentários: 1
Qual e valor do alto crianca ,ate de quantos anos paga?