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Quarta, 24 Abril 2024

Obras no CT de lutas e parque aquático da Vila Olímpica de Manaus estão atrasadas

MANAUS - O parque aquático e a construção do Centro de Lutas na Vila Olímpica de Manaus estão com obras paralisadas. O Governo ainda aguarda o repasse federal de R$ 6 milhões do Ministério do Esporte para retomar as atividades. A conclusão das obras foi prometida para dezembro deste ano, mas dificilmente será entregue no prazo estimado.
Sucesso da luta olímpica amazonense motivou criação do centro de lutas. Foto: Mauro Neto/Sejel-AM
A modernização da Vila Olímpica é estimada em R$ 7 milhões, com uma contrapartida do Estado no valor de R$ 1 milhão. Segundo o cronograma, o parque aquático (piscina olímpica, caixa de salto e piscina de 25 metros) será totalmente reformulado e ganhará novos maquinários. Já a antiga pista de skate do complexo dará lugar a um novo ginásio de lutas (para luta olímpica e boxe).
O secretário de Esporte do Estado, Ricardo Marrocos, admite que a obra está parada e que o prazo de entrega deve ser adiado. "A gente ouve falar que o Governo está segurando os recursos federais para repasse. Esperamos cumprir o cronograma, mas como a gente sabe, sempre ocorrem alguns atrasos. Em novembro começa a chover e ainda estão havendo alguns ajustes no projeto", afirmou à reportagem do Portal Amazônia.
De acordo com o presidente da Federação Amazonense de Luta Livre Esportiva, Olímpica e Greco-Romana (Falle), Helton Henrique, as chances de fazer um intercâmbio com seleções internacionais para as Olimpíadas de 2016 praticamente caíram por água abaixo. "A nossa ideia era receber atletas de outros países para fazer treinamento aqui [no novo centro de lutas]. A gente já tinha até uma conversa com a CBLA [Confederação Brasileira de Lutas Associadas] de fazer o camp da seleção aqui ou receber seleções convidadas", lamentou.
Já os atletas amazonenses dos esportes aquáticos tiveram que migrar para outros locais. A seleção amazonense de polo aquático, por exemplo, alterna treinamentos no CCF Magdalena Arce Daou e no Sesi devido à indisponibilidade da Vila Olímpica. As competições de natação também precisaram mudar de local. No último fim de semana, o Campeonato Estadual de Categorias, promovido pela Federação Amazonense de Desportos Aquáticos (Fada), ocorreu no parque aquático do Sesi.
Para atletas e treinadores, as obras prometidas dificilmente ajudarão os atletas que disputam vaga nos Jogos Olímpicos. Quando o pacote de obras foi anunciado, entusiastas das lutas e dos esportes aquáticos vislumbravam um espaço mais apropriado visando os treinamentos para as Olimpíadas. O maior evento esportivo do planeta inicia daqui a dez meses, mas as construções sequer possuem um prazo de entrega.ConflitoA comunidade esportiva do Amazonas está em 'pé de guerra' com o poder público diante dos sucessivos cortes no setor. O mais recente deles foi o corte da alimentação dos atletas na Vila Olímpica de Manaus, onde o Governo prevê uma 'economia' de R$ 56 mil até o fim do ano.Também neste ano, as atividades do Centro de Alto Rendimento da Amazônia (Ctara) praticamente encerraram com a demissão de todos os treinadores. Por parte da Prefeitura, muitos atletas também questionam os novos critérios para pleitear o Bolsa-Atleta Municipal. Nem mesmo Sandro Viana, representante do Amazonas nas duas últimas Olimpíadas, foi contemplado com o benefício.
CT de ginástica
Outra obra em atraso é a do Centro de Treinamento de Ginástica Artística e Rítmica, também na Vila Olímpica. A construção, entretanto, não está incluída no pacote do parque aquático e do centro de lutas. O espaço inicialmente seria inaugurado em setembro de 2014, passou para outubro deste ano e agora não tem data definida. "A obra está 95% pronta. Vamos montar um cronograma junto ao governador [José Melo] para inaugurar ainda neste ano", disse Marrocos.
Obra do CT de ginástica de Manaus em agosto deste ano. Foto: Mauro Neto/Sejel-AM
O espaço inicialmente homenagearia a ginasta Bianca Maia, mas um decreto federal proíbe atribuir o nome de uma pessoa viva a um bem público. A construção do CT é estimada em R$ 3 milhões. O local estará apto para receber competições locais, nacionais e internacionais de ginástica.

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