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Terça, 23 Abril 2024

Nova gestão da Arena da Amazônia estuda ações para evitar 'elefante branco'

MANAUS - Com custo de R$ 720 mil por mês, a Arena da Amazônia fechou 2015 com R$ 8 milhões de prejuízo. A novidade para este ano é que o local está sob nova direção: a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) do Amazonas assumiu as atribuições da extinta Fundação Vila Olímpica (FVO) e agora responde pela missão de evitar um 'elefante branco' na capital amazonense. Para isso, o novo administrador do estádio, Ricardo Marrocos, já formula alternativas para encontrar um 'equilíbrio financeiro' para o estádio.
Arena da Amazônia recebeu dez jogos oficiais em 2015, mas nenhum de um grande clube nacional. Foto: Roberto Carlos/Secom-AM
Um dos fatores mais criticados no ano passado foi a ausência de jogos com grande apelo. Em 2016 a situação deverá ser diferente, mesmo porque a cidade receberá os Jogos Olímpicos. A secretaria já negocia eventos-teste para as Olimpíadas, que necessariamente terão rodadas duplas para simular o calendário olímpico. Um deles deverá ter a presença da seleção brasileira feminina, que também jogará em Manaus pelas Olimpíadas.
A secretaria também está disposta a atrair os grandes clubes do Rio de Janeiro e São Paulo. Jogos de campeonatos estaduais não estão descartados, especialmente no Rio, onde os estádios Maracanã e Engenhão passarão por reformas. A justificativa da antiga gestão para a ausência de clubes nacionais em 2015 foi o pagamento de cotas não só para o time mandante, mas também para o visitante aceitar um jogo em Manaus.
Marrocos reuniu-se na semana passada com o presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Dissica Tomaz, para viabilizar a realização das partidas. No entanto, ainda não há nada concreto para que se possa decretar uma mudança no cenário obscuro da Arena.Novos eventos culturais também devem ser promovidos na Arena em 2016. Marrocos não descartou a possibilidade de o gramado voltar a ser utilizado para realização de shows.A Arena da Amazônia será entregue ao Comitê Olímpico no dia 23 de maio e só deve 'retornar' aos cuidados da Sejel no fim de agosto.Arena como ponto turístico
A nova administração da Arena também quer emplacar o local como espaço de visitação, o que ainda não aconteceu desde a construção do estádio. "Queremos utilizar o espaço do pódium para fazer uma praça de alimentação nos finais de semana. A ideia também é utilizar o espaço dos camarotes para fazer lojas com souvenirs do nosso futebol", projeta Marrocos, ainda fora do âmbito do concreto.
Existe a expectativa de que o museu do futebol na Arena também finalmente saia do papel. A Sejel discute com o projeto Foot Fame a criação de uma 'calçada da fama' no estádio, tal como foi feito na Arena Castelão, em Fortaleza.Custo 'salgado'
Marrocos afirmou à rádio CBN Amazônia que o custo mensal da Arena é de R$ 720 mil, valor que ultrapassa o que era divulgado pela antiga gestão. O estádio da Copa em Manaus arrecadou pouco menos de R$ 700 mil em 2015, com mais de R$ 8 milhões de despesas.
A transição administrativa iniciou no dia 1º de janeiro de 2016. Daqui pra frente, a nova gestão terá o desafio de mostrar que a Arena da Amazônia ainda pode abandonar o estigma de 'elefante branco'.

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