Histórico: jovem do Amazonas ganha medalha em campeonato mundial de judô
MANAUS - A judoca Rita de Cássia escreveu seu nome na história do judô amazonense. A jovem de 20 anos foi responsável pela primeira medalha do Amazonas em uma competição mundial de judô. Ela ganhou o bronze do Campeonato Mundial de Judô Sub-21, em Abu Dhabi (Emirados Árabes), nesta sexta-feira (23).
Rita de Cássia exibe primeira medalha internacional da história do judô amazonense. Foto: Divulgação/CBJ
Rita de Cássia exibe primeira medalha internacional da história do judô amazonense. Foto: Divulgação/CBJ
Competindo na categoria superligeiro (até 44 kg), Rita de Cássia garantiu a primeira medalha do Brasil no Mundial. Na repescagem, a atleta do La Salle de Manaus derrotou Mireia Comas, da Espanha, por ippon, depois de estar perdendo por wazari e yuko. Na disputa pela medalha, Rita foi muito superior à russa Sitora Boymatova, conseguindo pontuar com um yuko, jogar de wazari e conseguir a imobilização para subir ao pódio.
Rita ganhou o direito de representar a seleção brasileira sub-21 em 2015 ao vencer a seletiva nacional de base, em dezembro do ano passado. Ela já havia ganhado o bronze em competições internacionais na Alemanha e na República Tcheca.
O tatame sempre foi a 'segunda casa' de Rita, mas a carreira esportiva da atleta iniciou no jiu-jítsu, modalidade na qual o Amazonas possui enorme tradição. Ela treinava na Academia Ivo Neto e chegou a ser campeã brasileira e medalhista mundial, mas foi no judô que a amazonense se consagrou no esporte.
O bronze mundial credencia ainda mais a amazonense a competir pela seleção brasileira principal de judô. Ela segue os passos da também amazonense Rafaela Barbosa, reserva da seleção principal na categoria leve (até 52 quilos) e com grandes chances de disputar os Jogos Olímpicos de 2016.
Apesar dos grandes resultados, o judô no Amazonas sofre com a falta de apoio. Nenhum judoca do Estado recebe o patrocínio do Bolsa-Atleta Municipal, programa da Prefeitura de Manaus. O benefício passou por uma reformulação e agora só pode ser pleiteado por atletas da seleção brasileira, mas nem isso credenciou as judocas a receber o apoio.
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