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Quinta, 25 Abril 2024

Governo da Venezuela inicia diálogo com líder da oposição, diz chanceler

Governo da Venezuela inicia diálogo com líder da oposição, diz chanceler
Leopoldo López foi preso há mais de três anos. Foto: Reprodução/Twitter-LeopoldoLopez
O governo do presidente Nicolás Maduro iniciou diálogo com o líder de oposição Leopoldo López, preso há mais de três anos em uma unidade militar, informou nessa terça-feira (6) a chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez. As informações são da Agência Brasil.

"Queremos informar que iniciamos um diálogo com o senhor Leopoldo López", disse a ministra, durante um ato com militares em Caracas, dois dias depois da divulgação de um encontro seu com o fundador do partido Vontade Popular (VP), na prisão militar onde cumpre pena.A realização do encontro, do qual participou também o ex-chefe de governo da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero e o prefeito do município de Libertador, Jorge Rodríguez, foi confirmada no domingo (4) por Lilian Tintori, esposa de López. Ela disse que a detenção domiciliar foi um dos assuntos apresentados a López durante o encontro, mas ressaltou que o dirigente "jamais vai negociar sua liberdade", porque o mais importante é "a liberdade da Venezuela".

Delcy Rodríguez advertiu a esposa de López que está à espera de que "voltem a dizer hoje que é mentira, porque o país inteiro saberá, por meio de cadeia nacional, a verdade a respeito". "Não se pode ter um exercício da política, de forma tão pueril, tão imatura, tão irresponsável", acrescentou a chanceler.

Leopoldo López foi preso em fevereiro de 2014 e declarado culpado pela violência ocorrida durante uma marcha contra o governo, convocada por ele e outros dirigentes, na qual morreram três pessoas. A manifestação abriu uma onda de protestos, durante quatro meses, que deixou 43 mortos.

Após ser condenado em 2015, o procurador que fez a acusação, Franklin Nieves, fugiu da Venezuela e assegurou que López era inocente e que tinha sido obrigado a fabricar provas contra ele.Desde a sua condenação, o deputado Diosdado Cabello, um dos homens mais importantes do chavismo, pediu que López seja alvo de novo processo, desta vez por homicídio, atribuindo-lhe a responsabilidade pelas mortes ocorridas durante a marcha. 

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