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Sábado, 20 Abril 2024

Especial Copa Amazonas: Operário

MANAUS – A campanha do Operário no último Campeonato Amazonense de Futebol foi trágica: 17 derrotas em 18 jogos. Mas o clube de Manacapuru está disposto a mostrar na Copa Amazonas que o estadual é coisa do passado. O comando técnico do Sapão agora é de Marquinhos Piter, campeão amazonense em 2013 e vice em 2014 pelo Princesa do Solimões. Aliás, na ausência do Princesa, o Operário é o único representante da 'Terra da Ciranda' na competição.
Marquinhos Piter é o treinador do Operário para a Copa Amazonas. Foto: Silvio Lima/Rede Amazônica

Não é exagero dizer que o grande trunfo do Operário para a Copa Amazonas está no banco de reservas. A chegada de Piter é quase uma dívida de gratidão do treinador com o clube que o revelou. “Tenho um respeito muito grande pelo Operário e pelo Beto [Ferreira, presidente], que teve a coragem de me lançar. Aproveitei essa oportunidade e tenho essa gratidão pelo clube. Não poderia recusar o convite”, disse o comandante.

Poucos remanescentes da campanha vexatória no estadual seguem no time. O veterano Clemilton é um deles. Também são os casos do meia Alessandro Toró e do atacante Jonas. Durante o Campeonato Amazonense, diversos atletas do elenco reclamaram da falta de estrutura e de salários atrasados, ameaçando inclusive colocar o Operário na justiça.

Jogadores de confiança de Piter também chegaram ao clube, especialmente de Penarol e Princesa do Solimões, últimos clubes comandados pelo treinador. O experiente goleiro Rascifran é um deles. O zagueiro Pirú e o volante Baé também chegaram com aval do técnico.

Um acordo feito entre os participantes da Copa Amazonas prevê que os clubes escalem apenas quatro jogadores de linha acima de 22 anos. O regulamento causa dor de cabeça para Piter, que dispõe de Rascifran, Thiago Brandão, Pirú, Baé, Clemilton, Toró e Jonas como jogadores 'excedentes'.

As jovens promessas também ganham a atenção de Piter. Uma das caras novas é o atacante Caveirinha, que deve inclusive ser titular da equipe. “É um menino que tem qualidade, encheu os meus olhos. É um atacante canhoto, a gente está feliz com o trabalho dele. Esses garotos precisam aproveitar essa oportunidade”, disse o treinador ao Portal Amazônia.

Piter também acredita que a Copa Amazonas é a oportunidade para os garotos se consolidarem no mundo do futebol. “Na minha época de jogador não tinha uma competição como essa. Hoje eles estão jogando um torneio que dá uma vaga para a Copa Verde, ou seja, eles podem fazer história. E essa mesclagem da nossa base com os jogadores que vieram de outros clubes fortaleceram o nosso time”.

Esquema tático

Dúvidas à parte, o Operário já esboça uma equipe para estrear na competição. Rascifran será o goleiro titular. A dupla de zaga conta com a experiência de Pirú e Thiago Brandão, enquanto os jovens André e Guilherme fazem as laterais. Baé dita o ritmo no meio-campo, com o auxílio dos garotos Anderson, Fininho Manacá e Jacaré. Na frente aparece Alessandro Toró, que também atua no meio, e o jovem Caveirinha, aposta de Piter para a competição.

Piter também trabalha com variações para a montagem da equipe. Clemilton e Jonas, ambos acima da idade limite, também são 'encaixados' na equipe pelo treinador. O banco ainda conta com o volante Judá, de apenas 16 anos, apelidado carinhosamente de 'Juda Touré' (em alusão ao marfinense Yaya Touré) no Princesa do Solimões, clube que o revelou.

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