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Terça, 23 Abril 2024

Em Manaus, imigrantes venezuelanos apoiam Juan Guaidó

Em Manaus, imigrantes venezuelanos apoiam Juan Guaidó
Na tarde desta quarta-feira, (23), manifestantes venezuelanos se reuniram na Praça do Congresso, em Manaus, em forma de apoio ao presidente da Assembleia Nacional da Venezuela,  o Parlamento do país, o deputado Juan Guaidó. Durante um discurso, Guaidó se declarou presidente da República em exercício e jurou em nome de Deus.
Foto: Caio Fonseca/Rede Amazônica

Na capital amazonense, os venezuelanos utilizaram faixas, cartazes e gritos para exaltar a fala de Guaidó. O fotógrafo Roy Salazar, de 50 anos, disse que espera ver mudanças efetivas a partir de agora. "Estamos aqui com muita alegria e força. Queremos voltar para nossa casa, que sofre economicamente", disse.

Em Manaus há dois meses, Maria Alejandra, de 49 anos, falou a Rede Amazônica que o grupo comemorou a oposição ao atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por acreditar em um retorno ao país. "Estamos manifestando nosso sentimento de solidariedade com meu país e meus irmãos venezuelanos. A razão que me trouxe aqui [Manaus] foi por problemas de saúde. Lá, não temos remédio e tratamento, mas meu coração está no meu país. Nós não temos necessidade de andar pelo mundo, porque lá tem tudo o que precisamos, mas fomos sequestrados por muitos anos. Nossa nação não está sendo bem governada, estão querendo roubar nossa liberdade", afirmou, emocionada.

Foto: Caio Fonseca/Rede Amazônica

Na Venezuela

Após as declarações de Guaidó, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi para a janela do Palácio Miraflores, sede do governo, em Caracas, acompanhado da mulher e assessores, para discursar para manifestantes favoráveis a ele que cercavam o edifício. O venezuelano disse que se manterá no poder e resistente ao que chamou de tentativa de golpe e batalha contra a guerra econômica. Ele segurou uma bandeira da Venezuela em tamanho grande.

Com um discurso emocional, Maduro ressaltou que foi eleito legitimamente e anunciou o rompimento das relações políticas e econômicas com os Estados Unidos. “Governar cada vez mais das ruas e perto do povo para resolver todos os assuntos”, disse. “Peço a todos, vamos fortalecer a legitimidade e o poder do Estado em defesa da paz e da democracia venezuelana.”Diante da pressão, Maduro convocou seus simpatizantes a sair às ruas. A palavra de ordem dita pelo presidente venezuelano foi: “Leais sempre, traidores nunca”. Ele relembrou sua história política. “Eu me formei nos bairros de Caracas e nas assembleias de trabalhadores”, disse Maduro numa referência indireta a Guaidó que tem dois cursos superiores e pós-graduação.

No discurso, Maduro chamou o povo venezuelano a manter a mobilização para defender a ameaça de golpe. Ele criticou o que chama de "invisibilização do povo bolivariano" pelos meios de comunicação do país e internacionais.

"O povo é o único que elege presidente na Venezuela. Só o povo pode, só o povo tira. Não queremos voltar ao século 20 de golpes de Estado. O povo venezuelano diz não ao golpismo".

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