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Quarta, 24 Abril 2024

Da natação para o triatlo: amazonense vira top-10 mundial com 15 anos

MANAUS – Com apenas 15 anos, a jovem nadadora Luísa Marillac descobriu uma nova especialidade: o aquatlo, modalidade que envolve natação e corrida. Entre os dias 16 e 19 de setembro, a amazonense disputou o Mundial de Aquatlo em Chicago, nos Estados Unidos, e ficou em 9º lugar na categoria 16-19 anos. A idade e a evolução avassaladora fazem com que a atleta planeje uma transição para o triatlo olímpico já em 2016 e futuramente chegue à seleção brasileira principal.
Nadadora de origem, Luísa Marillac projeta transição para o triatlo olímpico. Foto: Arquivo Pessoal/Luísa Marillac

A estreante no Mundial é especialista nos 100 e nos 200 metros borboleta. Apesar da pouca idade, ela já é a segunda melhor brasileira no aquatlo feminino. Marillac explica que precisou nadar 800 metros e correr mais 5 mil metros para fechar a prova no top-10, mesmo com idade abaixo da categoria. “Foi um incentivo a mais para eu querer melhorar sempre. Se consegui esse resultado com 15 anos, no ano que vem posso ter uma colocação melhor com mais tempo para me preparar”, disse a promessa amazonense ao programa Esporte Amazônia, do canal Amazon Sat.

O resultado expressivo da atleta veio com a superação, inclusive, da dificuldade de adaptação ao clima. Enquanto Manaus está em pleno verão amazônico, Chicago entrava no período de inverno. “Por sorte eu sou muito calorenta e acabei não sentindo tanto o clima, mas a água estava muito fria. Mesmo com a roupa de borracha, tremi de frio”, conta a jovem, que chegou aos Estados Unidos cerca de uma semana antes da competição para se aclimatar. Ao menos em 2016, o Mundial será no México, com temperatura e umidade semelhantes à capital amazonense.

Além do bom resultado, também valeu para Marillac a experiência de competir ao lado dos melhores atletas do mundo em sua categoria. O intercâmbio foi de extrema importância para a amazonense. “Fiz amizade com vários atletas de outros países, principalmente os canadenses e os japoneses”, contou.A atleta de aquatlo enfrenta uma rotina puxada em Manaus. Ela já cursa o primeiro período da faculdade de Enfermagem aos 15 anos. “Todo mundo queria que eu fizesse Educação Física, mas nunca foi minha vontade. Mesmo sendo relacionado a esporte, eu sempre quis fazer nutrição, medicina ou enfermagem. Sempre gostei da área de saúde”.Para a rotina de treinos de segunda a domingo, a amazonense tem apoio de dois treinadores: Yves Simões e Wellington Correia. Ambos rasgam elogios à pupila. “A Luísa é uma atleta muito determinada, sabe o que quer, não falta treino, tem uma equipe multidisciplinar trabalhando em cima dela. Ela é muito focada e completa”, opina Simões.

Futuro: natação ou triatlo?

Luísa Marillac sabe que o aquatlo é uma porta de entrada para o triatlo e, consequentemente, uma oportunidade de brigar por vaga na seleção brasileira. Ela ainda não sabe por qual caminho vai enveredar nos próximos anos, mas é certo que iniciará os treinos de triatlo em 2016. "Não tem nada definido, mas agora vou ficar no triatlo. Já conversei com meu técnico de triatlo, o Márcio Soares, pra fazer essa transição e começar os treinos de bike", revelou Luísa ao Portal Amazônia. Ainda de acordo com a atleta, ela disputará pela primeira vez o Campeonato Brasileiro de Triatlo no ano que vem para competir no Mundial da modalidade, no México.

“A gente vai pesar o ranking dela na natação e no triatlo e priorizar onde ela tem mais chances de galgar resultados expressivos. Como ela é nova, ela tem tendência a se desenvolver mais no triatlo porque é algo que ela nunca treinou. Mas não temos pressa”, disse Wellington Correia.
Luísa Marillac é uma das joias da natação amazonense. Foto: Divulgação/Emanuel Mendes Siqueira
Na natação, Luísa já conquistou resultados expressivos. Na Copa Pacífico de 2013, no Peru, ela ganhou medalha de bronze pela seleção brasileira no revezamento 4x100m livre como a atleta mais nova da delegação. A jovem também já foi campeã do Troféu Leônidas Marques e finalista do Campeonato Brasileiro.Nas piscinas, Luísa é velocista por natureza. A jovem promessa agora se adapta a uma outra realidade, onde compete em longas distâncias – surpreendentemente com resultados imediatos. Inquestionável na natação, ela ainda deve aprimorar a corrida para atingir o mais alto nível, além de iniciar os treinos de ciclismo no ano que vem. “A gente percebeu que a corrida dela não é tão boa como a das outras atletas. Ela é uma excelente nadadora, mas agora vamos trabalhar nos pontos fracos dela”, disse Yves Simões. Para quem possui apenas 15 anos, margem de progressão está longe de ser um problema.* Com informações do Amazon Sat

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