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Sexta, 19 Abril 2024

Custo da cesta básica em Manaus compromete mais da metade da renda do trabalhador

MANAUS – O trabalhador manauara, que ganha um salário-mínimo, comprometeu em janeiro, mais da metade dos seus rendimentos com a aquisição da cesta básica. A constatação é da pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Dos 12 itens da cesta básica, 11 apresentaram alta e um teve queda. O tomate e o açúcar foram os itens que apresentaram maior alta nos preços.
No total, a elevação do custo da cesta básica em Manaus foi de 10,31% em comparação ao mês de dezembro de 2015, custando R$ 405,72, contra R$ 367,79 do mês anterior. O órgão analisa 12 itens considerados essenciais para a compra.
O tomate (31,05%) foi o produto que apresentou maior alta no mês. Em Manaus, o item também apresentou a maior variação entre as 27 capitais brasileiras avaliadas na pesquisa do DIEESE. A causa foi as fortes chuvas nas regiões produtoras, que diminuíram a oferta de tomate, elevando o preço.
Em seguida vem açúcar (14,76%), feijão (12,76%), café (7,03%), banana (6,17%), manteiga (4,13%), óleo (2,64%), carne (2,53%), arroz (2,22%), pão (1,71%) e farinha (0,26%). O leite (-1,87%) foi o único produto que apresentou queda no mês.
Comparação
Fazendo um comparativo, em dezembro de 2015, um trabalhador que ganha um salário-mínimo em Manaus comprometeu, em janeiro de 2016, 50,11% de seu rendimento líquido – R$ 809,60 após o desconto de 8% referente à contribuição previdenciária – com a aquisição dos alimentos básicos. Em dezembro, o comprometimento foi de 49,28% de seu rendimento líquido.
De acordo com o DIEESE, este mesmo trabalhador precisou trabalhar 101 horas e 26 minutos para comprar a cesta básica em janeiro. Em dezembro, a jornada exigida era de 102 horas e 41 minutos. Em janeiro de 2015, a jornada exigida foi de 88 horas e 44 minutos.
Mesmo com o aumento, a cidade segue na 10ª colocação entre as 27 capitais onde é realizada a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA).
Comportamento da cesta básica nas capitais
Em janeiro de 2016, houve aumento do conjunto de bens alimentícios básicos em todas as capitais onde se realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As maiores altas ocorreram em Goiânia (15,75%), Aracaju (14,71%), Palmas (14,24%) e Brasília (13,32%). O menor aumento foi registrado em Curitiba (1,71%).
A capital com maior custo da cesta básica foi Brasília (R$ 451,76), seguida de São Paulo (R$ 448,31), Rio de Janeiro (R$ 448,06) e Vitória (438,42). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 329,20), Maceió (R$ 337,32) e Rio Branco (R$ 341,53).

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