COP 21: Brasil está satisfeito com acordo climático, segundo Izabella Teixeira
Ministra participou da COP 21 em Paris, na França. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
BRASÍLIA - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o Brasil está "muito satisfeito" com as condições do acordo final da Conferência do Clima (COP21) neste sábado (12). O acordo prevê limitar o crescimento da emissão de gases de efeito estufa a 1,5°C. A ministra está em Paris e participou, junto com as delegações de outros países, da análise do texto final, aprovado pela conferência.
Em declaração divulgada por meio de uma rede social do ministério, a ministra avaliou que o acordo abrirá uma nova fase de enfrentamento da mudança climática. “Ele [acordo] reflete todas posições que o governo brasileiro defendeu. Trata da visão balanceada de mitigação e adaptação. Traz a questão da transparência do sistema único garantindo os meios para que os países em desenvolvimento possam desenvolver seus sistemas, assegurando a soberania nacional, mas também contando com a apoio para a implementação", afirmou.
O Acordo de Paris, como foi chamado o documento final da 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), entrará em vigor em 2020. É a primiera vez que um acordo global sobre o clima é aprovado.
Conforme o documento, a cada cinco anos, os países deverão prestar contas sobre as ações desenvolvidas para evitar que a temperatura global não aumente mais de 2 graus Celsius. A redução do aquecimento pretende evitar fenômenos extremos como ondas de calor, seca, cheias, ou subida do nível do mar.
U$S 100 bilhões
A criação de um fundo anual de U$S 100 bilhões para limitar aquecimento global a 1,5°C também foi aprovada por representantes de 195 países reunidos na Conferência do Clima (COP21), na capital francesa. O fundo será financiado pelos países ricos, a partir de 2020, para limitar o aquecimento global a 1,5°C.
Com a aprovação do acordo, o desafio das nações será equilibrar as emissões de gases tóxicos gerados pela ação do homem e os níveis suportados pela natureza. Os países que assinam o documento definiram que as reduções de emissões de gases devem atingir o limite o mais rápido possível, mas não definiram quando o resultado deve ser alcançado. Na conferência, os representantes reconheceram que as nações em desenvolvimento deverão levar mais tempo para atingir as metas definidas.
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