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Sexta, 19 Abril 2024

Com sonho adiado no UFC, amazonense do MMA disputa cinturão do WSOF

MANAUS - O sonho do UFC foi adiado, mas o amazonense Alexandre Capitão segue brilhando no MMA. Após vencer em sua estreia no World Series Of Fighting (WSOF), ele disputará o cinturão da franquia contra Lance Palmer. Ex-campeão do Jungle Fight, o peso-pena compete no dia 18 de dezembro, em Las Vegas.
Com 27 anos, Alexandre Capitão é um dos expoentes do Amazonas no MMA. Foto: Reprodução/Amazon Sat
Enquanto a luta não chega, o atleta retornou a Manaus para visitar a família e concedeu entrevista ao programa Esporte Amazônia, do canal Amazon Sat, nesta quarta-feira (28). Entre outros tópicos, ele falou sobre a suspeita de aneurisma cerebral que o desclassificou do The Ultimate Fighter (TUF) Brasil 4, neste ano. Recuperado, o amazonense não conseguiu vaga no UFC, mas assinou com uma grande franquia das Artes Marciais Mistas.
"Eu não lutava há 1 ano e 10 meses. Deu um problema no meu exame da cabeça, não consegui fazer outros exames e fui retirado [do TUF] na semana da luta. Depois fiz outros exames e deu tudo ok. Esperei o UFC me dar a oportunidade que prometeram, mas como não deram até agosto, as portas se abriram no segundo maior evento do mundo, o WSOF", contou.
Capitão retornou à terra natal para comemorar o aniversário de 1 ano da filha Manuella. Atualmente, morando nos Estados Unidos, o lutador não esconde o abalo pela saudade da família. "Isso é pro futuro da Manuella. Eu tô fazendo esse sacrifício ficando longe dela e da minha esposa por algum tempo até eu consegui levá-las para os Estados Unidos. É muito duro, perdi seis meses da melhor fase dela [Manuella]. Mas tá tudo dando certo e estou conseguindo representar bem o Amazonas e o Brasil".
Oriundo do jiu-jítsu, Alexandre Capitão também falou sobre o início no MMA. "No meu início eu fiz duas lutas que pra mim são amadoras. Eu nunca tinha treinado boxe e outras modalidades. Fui pra minha primeira luta sem saber nada além do jiu-jítsu e perdi. A segunda eu também perdi, e depois daí comecei a tomar gosto", relembra o amazonense.
O lutador 'baré' soma 17 vitórias em 22 lutas oficiais. Nada menos que 14 destes triunfos vieram no primeiro round, incluindo a de sua estreia no WSOF, com um mata-leão em menos de um minuto e meio. Mas não é só no jiu-jítsu que Capitão impõe sua força no octógono. Boxe e muay thai também viraram especialidades do amazonense. "Me sinto um atleta completo em qualquer área da luta", opina.
Alexandre Capitão (à dir.) luta pelo cinturão da franquia internacional WSOF. Foto: Divulgação/Jungle Fight
Criado no bairro Japiim, o amazonense afirma que o bairro vai 'parar' para ver sua disputa de cinturão. "A rua da minha casa vai fechar. Vamos botar telão e reunir meus amigos e minha família pra torcer por mim. Vai ser uma grande festa, e com fé em Deus eu vou trazer esse título mundial pro Japiim e pro Amazonas".
Projetos e incentivo
Capitão sonha em coordenar um projeto social em Manaus no futuro. "Quero dar oportunidade para crianças carentes que não têm condições de pagar uma academia, comprar um quimono. Esse é meu objetivo e vou contar com a ajuda de grandes parceiros", projetou.
Também de origem pobre, Capitão manda um recado para os jovens amazonenses que sonham com o sucesso nas lutas. "Quero que eles nunca desistam dos seus sonhos. Eu já fui igual a eles. Já estive ali na academia sem ter quimono, sem dinheiro pra pagar inscrição de campeonato. Nunca imaginei viajar pro Rio de Janeiro pra disputar competição de jiu-jítsu. O sacrifício vale a pena. Hoje estou onde estou por causa das lutas".

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