Com gestão eficiente, Luverdense briga pelo título da Copa Verde em 2016

MANAUS - Prestes a completar apenas 12 anos de história, o Luverdense já consolidou seu nome no cenário nacional do futebol brasileiro. Em 2016, o time parte para o terceiro ano consecutivo na Série B do Campeonato Brasileiro. Antes disso, no primeiro semestre, os mato-grossenses disputam o título da Copa Verde, competição que dá vaga à Copa Sul-Americana. O segredo do sucesso? Organização. O Luverdense é tipo como referência em gestão no futebol da Amazônia.
Luverdense vai para o terceiro ano consecutivo na Série B em 2016. Foto: Reprodução/Luverdense

O time da pequena cidade de Lucas do Rio Verde, com menos de 60 mil habitantes, fechou a Série B deste ano em 10º lugar - duas posições acima em relação a 2014. Não obstante, a equipe flertou com o acesso durante quase todo o campeonato. Mesmo 'novato' no cenário do futebol brasileiro, o Luverdense jamais brigou contra o rebaixamento na segundona.

O presidente do Luverdense, Helmute Lawisch, acredita que o clube pode almejar metas ainda mais ambiciosas para os próximos anos. "Em dois anos, já deu pra conhecer bem como funciona a Série B. Agora sonhamos em fazer algo maior no ano que vem, ou quem sabe no outro. Mas sempre com pé no chão, jogando muito futebol", disse à rádio CBN Amazônia.

O Luverdense é apenas uma das três equipes da Amazônia que disputam a Série B, além do Sampaio Corrêa, do Maranhão, e do Paysandu, do Pará. Apesar do difícil momento do futebol da região, Helmute acredita que a Amazônia pode voltar a ter um clube na primeira divisão. "Sei que não é fácil, mas também não é impossível. Dá pra fazer no futebol no Centro-Norte do Brasil com eficiência", afirmou.

No ano que vem, o Luverdense vai disputar a Copa Verde. A possibilidade surgiu através de mudanças que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai oficializar no torneio, como a entrada de times de Goiás e a classificação de quatro equipes através de um ranking do Centro-Norte do Brasil.

Helmute enaltece o crescimento da Copa Verde e sonha em ver o clube 'caçula' disputando a Sul-Americana em 2017. "Nós do Centro-Norte temos que acreditar nessa competição. Nossas diferenças não são muito grandes. É um torneio de visibilidade porque dá vaga para uma competição internacional", exaltou.O futebol mato-grossense como um todo está cada vez mais em ascensão. O Cuiabá, por exemplo, é o atual campeão da Copa Verde e vai jogar a Copa Sul-Americana em 2016. A equipe figura na Série C do Campeonato Brasileiro.Gestão de sucesso

Mesmo sem o poderio financeiro das grandes equipes, o Luverdense consegue se manter estável no cenário nacional. Dinheiro público? Helmute rechaça. "O Luverdense nunca se alicerçou em dinheiro público nesses 12 anos de trabalho. A gente busca com o empresariado local, seja da nossa cidade ou do Estado, ou com grandes empresas que atuam na nossa região um pouco do que se precisa para fazer uma temporada. Há outras coisas mais importantes pra se fazer com dinheiro público, como na educação e na saúde".

O presidente também destaca que o Luverdense atingiu um novo patamar com a chegada à Série B, tendo ainda mais condições de manter sua política de gestão autossustentável. "Quando chega na Série B as coisas mudam porque temos as cotas da CBF, o que nos deixa num outro patamar. Mas a torcida tem que acreditar e o empresariado local também".