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Sexta, 19 Abril 2024

Universitários do Amazonas testam avião para Competição SAE Brasil AeroDesign

MANAUS - Da sala de aula para a pista de voo. Para aperfeiçoar na prática os conhecimentos em aeronáutica, 15 estudantes de engenharia do Amazonas realizam testes com avião em escala reduzida e radiocontrolado, mas capaz de transportar cargas. A equipe Urutau disputa a 17ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, entre 29 de outubro e 1º de novembro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP).
Foto: Divulgação/SAE BRASIL AeroDesignÚnica representante da Região Norte, a equipe Urutau Aerodesign participará pela segunda vez da competição, na qual estreou em 2014 e alcançou a 33ª posição na Classe Regular. Desta vez, com foco em aumento de resistência e redução de peso, os estudantes construíram avião que pesa 2,6 kg (antes eram 4 kg). “Utilizamos materiais leves e resistentes como fibra de carbono, balsa e compensado aeronáutico”, exemplifica Victor Hugo Valente, estudante do oitavo período de Engenharia Mecânica, membro da equipe.Para obter a redução de peso, a aeronave, um monoplano de asa semi-trapezoidal, também recebeu diversas alterações que refinaram o projeto da edição passada. “Uma das principais mudanças foi realizada na estrutura da fuselagem, que agora possui uma configuração treliçada em fibra de carbono. Antes a fuselagem consistia em uma caixa em compensado”, compara Valente.Com a experiência da última competição, a equipe acredita ter desenvolvido um avião bem mais competitivo, capaz de transportar carga de 13 kg em chapas de aço e atingir velocidade de 22 m/s. “Desta vez, nós conseguimos realizar muitas simulações e testes práticos, o que conferiu maior cofiabilidade ao projeto. A nossa expectativa é estar entre as 15 primeiras equipes”, disse o estudante.A equipe Urutau, integrada por alunos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), é uma das 95 inscritas nesta edição, das quais 89 brasileiras e seis estrangeiras. Ao todo são mais de 1,3 mil participantes, entre alunos, professores orientadores e pilotos, que representam 71 instituições de ensino superior do Brasil (16 Estados e Distrito Federal) e do Exterior (Venezuela e México).Nesta edição, a competição contará com 22 equipes de São Paulo, 18 de Minas Gerais e sete do Rio de Janeiro. Rio Grande do Sul e Santa Catarina serão representados por seis equipes cada. Paraná e Rio Grande do Norte contam com cinco; Pernambuco, Piauí e Bahia aparecem com três cada; Distrito Federal, Mato Grosso, Maranhão e Paraíba possuem duas; Amazonas, Espírito Santo e Sergipe têm uma equipe cada. Entre as estrangeiras, há cinco da Venezuela e uma do México. Aeronaves A competição abrange três categorias: Classe Regular, Classe Advanced e Classe Micro. Entre as novidades do regulamento deste ano está a distância máxima de decolagem, de 70m, independentemente da categoria. Antes era de 61m. Este limite será utilizado pela primeira vez na competição, representando o maior limite de toda história da SAE BRASIL AeroDesign. Na Classe Regular, as aeronaves poderão transportar qualquer tipo de material como carga útil, exceto chumbo, e deverão respeitar uma limitação de área projetada (vista superior), cuja somatória não poderá exceder 0,9 m². Serão permitidas apenas aeronaves monomotores – o motor deverá ser selecionado entre os quatro indicados no Regulamento da Competição.Na Classe Advanced, os aviões também poderão transportar qualquer tipo de material como carga útil, exceto chumbo. A única restrição de projeto é o peso vazio da aeronave, que não poderá exceder 3kg. A escolha do tipo de motor (combustão ou elétrico) e do número de motores é totalmente livre. Nesta edição, como estímulo ao uso de motores elétricos, a bateria poderá ser considerada como carga útil. Na Classe Micro, as aeronaves deverão transportar bolas de tênis em compartimento fechado, não podendo estar presas entre si. Todos os aviões deverão carregar a mesma carga em todos os voos: 43 bolinhas. A pontuação de voo será dada de acordo com o peso vazio da aeronave e o número de voos realizados com sucesso. Para esta categoria não existem restrições de geometria ou do número de motores, todos elétricos, porém a equipe deverá ser capaz de transportar a aeronave desmontada em caixa de 0,175m³.Provas As avaliações serão realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme o regulamento baseado em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica e disponível no site da SAE BRASIL – www.saebrasil.org.br. Ao final do evento, duas equipes da Classe Regular, uma da Advanced e uma da Classe Micro, que obtiverem as melhores as pontuações, ganharão o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2016, nos EUA, onde equipes brasileiras acumulam histórico expressivo de participações: sete primeiros lugares na Classe Regular, quatro na Classe Advanced e um na Classe Micro. A competiçãoA SAE Aerodesign East Competition é realizada pela SAE International, da qual a SAE BRASIL é afiliada.Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais que tem como principal objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, por meio de aplicações práticas e da competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação de Engenharia, Física e Tecnologia relacionada à mobilidade.

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