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Sábado, 20 Abril 2024

Nadador paralímpico de projeto social do Amapá conquista medalhas de ouro e prata

Nadador paralímpico de projeto social do Amapá conquista medalhas de ouro e prata
Garra e dedicação. Essas são as qualidades do atleta amapaense de natação Cauã Felipe Farias de Souza, 16 anos, que conquistou quatro medalhas, sendo três de ouro e uma de prata, nas Paralimpíadas Escolares 2019, em São Paulo.


A síndrome de nanismo não impediu o jovem atleta de conquistar o tão sonhado lugar no pódio e visitar cidades do Brasil que sempre quis conhecer. Tudo através da experiência de superação que o esporte proporciona.
Foto:Netto Lacerda/Governo do Amapá


Cauã aprendeu a nadar no Projeto “Peixinhos Voadores”, desenvolvido pela Polícia Militar do Amapá (PM), do qual participa há 10 anos. Ele representou a Escola Estadual Antônio Castro Monteiro, localizada na zona sul de Macapá.


“Natação é tudo para mim. Faz parte da minha vida. Quando entrei no esporte não imaginava que ia conquistar tudo o que consegui. Eu nem sabia nadar, mas ao receber as minhas primeiras medalhas, tudo mudou”, disse o atleta.


Cauã fez parte da delegação amapaense composta por 18 atletas que trouxeram 25 medalhas para o estado. A disputa aconteceu de 18 a 23 de novembro, no Centro de Treinamento Paralímpico, na cidade de São Paulo (SP).


Na segunda-feira (25), Cauã recebeu uma recepção calorosa junto com a equipe paralímpica, e a delegação amapaense dos Jogos Escolares da Juventude. A cerimônia ocorreu no Complexo Olímpico Milton de Souza Corrêa.


Orgulhosa do filho campeão, a técnica de enfermagem Clara Regina Farias, 47 anos, conta que apresentou a natação para Cauã por questões médicas. Hoje, a família toda comemora os frutos da vitória do atleta paralímpico.


“Há 10 anos a pediatra do Cauã orientou, devido à síndrome de nanismo, a prática de natação para que ele se desenvolvesse mais. Depois de 3 meses no projeto ele se tornou um destaque. Só orgulho. O esporte é a paixão dele”, falou, emocionada.


O comandante da PM, coronel Paulo Matias, comemora os resultados dos projetos esportivos desenvolvidos pela corporação, que inclui luta, futsal e atletismo. Para ele, o Peixinhos Voadores descobre talentos desde o primeiro ano de trabalho.


“Todos os nossos projetos representam o trabalho preventivo da PM. Ao todo, estamos atendendo atualmente cerca de 10 mil crianças e adolescentes, que são os futuros adultos e não darão trabalho para a polícia”, destacou o comandante.

Foto:José Baía/Governo do Amapá


Peixinhos Voadores


Crianças e adolescentes que têm interesse em aprender natação terão a oportunidade de ingressar no projeto social “Peixinhos Voadores”, desenvolvido pela Polícia Militar (PM). A iniciativa, em Macapá, abriu 600 vagas para 2020.


As inscrições gratuitas estarão abertas a partir de segunda-feira (2), no Comando-Geral da PM, que fica no bairro Beirol, na zona sul da capital. Segundo a coordenação do projeto, o processo segue até o fechamento total das vagas.


Para fazer a inscrição os responsáveis dos futuros “peixinhos” devem entregar cópias de documentos como o RG, comprovante de residência e declaração escolar, além de duas fotos 3x4. O atendimento é em horário comercial.


A expectativa é que as aulas iniciem nas primeiras semanas de março. Além de Macapá, o Peixinhos Voadores é desenvolvido em Santana, Mazagão e Laranjal do Jari.

Foto:Netto Lacerda/Governo do Amapá


Histórico e resultados


Fundado em 19 de abril de 2002, o projeto ganhou o nome em homenagem ao idealizador Sebastião Mota, que ficou conhecido como “Peixe Voador” por ter se tornado destaque em competições nacionais e internacionais de natação.


Como nadador e militar da Aeronáutica, o professor Mota passa os ensinamentos que aprendeu na carreira esportiva. Mais de 16 mil crianças e jovens fizeram parte do Peixinhos Voadores, ao longo dos 17 anos de trabalho.


“O projeto Peixinhos Voadores representa a minha vida. Todos os alunos eu considero como meus filhos de coração. Nós temos uma equipe de professores fantásticos. Nossa preocupação é formar cidadãos de bem”, destacou o professor Mota.


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