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Terça, 23 Abril 2024

Lazer e diversão às margens do Rio Negro

Lazer e diversão às margens do Rio Negro

O Amazonas é o lugar que, por natureza, oferece um dos ambientes mais paradisíacos do mundo e propício à prática de esportes e lazer aquático, principalmente para quem gosta de estar em contato com o ambiente natural. Em Manaus, por exemplo, a Praia da Ponta Negra é o lugar ideal para quem busca água, sol e muita adrenalina perto da zona urbana.

Foi com o espírito de aventura que a cineasta, Carolina Fernandes, mudou-se há 10 anos para a cidade. Apaixonada pela natureza e atleta amadora de triathlon, a paulista usa o esporte como uma das formas de ter contato mais próximo com a natureza e sentir os benefícios que ela oferece. Para ela, a modalidade tem a capacidade de curar o corpo e mente, e unir pessoas para evidenciar a importância do equilíbrio e a conservação dos recursos naturais.

"No Amazonas, os praticantes do esporte, podem correr, nadar e pedalar num ambiente diferente de muitas cidades brasileiras. Uma vez que aqui ainda temos importantes fragmentos florestais no centro urbano. O triathlon proporciona contato direto com a natureza em meio a cidade. E esse contato faz que a gente tenha mais consciência das nossas atitudes e como elas influenciam no ambiente que vivemos", disse.
Foto: Walter Mendes/JC

Carolina faz parte da equipe Márcio Soares Sports, a mais antiga assessoria de triathlon no Amazonas, que atua no Estado há 16 anos. O time conta com vários projetos de iniciação e incentivo ao esporte. Um deles é o "Meu Primeiro Triathlon", que possibilita a quem nunca antes havia nadado, pedalado e corrido, iniciar no esporte. Outro projeto da equipe, se chama "Triathlon na Floresta" feito em parceria com a  Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Segundo o coordenador da equipe, Márcio Soares, a ideia é estimular a prática entre meninos e meninas do interior. "O projeto visa a implantação de polos de triathlon em 16 municípios do Amazonas, municípios nos quais a UEA possui professores de Educação Física, que vão coordenar o projeto nos municípios, sob a supervisão de um coordenador geral. Se destina a alunos da rede pública de ensino, na faixa etária de 12 a 15 anos", explicou.

Defensora do esporte como um estilo de vida, Carolina também utiliza o uso da linguagem cinematográfica para produzir filmes, com o intuito de redescobrir novas maravilhas que o planeta oferece. Defensora do recursos naturais, a cineasta explica que contar uma história e proteger o ambiente natural tornaram-se inseparáveis.
"O meu trabalho como documentarista na Amazônia produzindo filmes de natureza se fundamenta na vontade de contribuir para a conservação da água e de todos os recursos naturais existentes na região. Acredito que pequenos atos podem gerar grandes mudanças", ressaltou.
Que tal aproveitar as águas do Amazonas? Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
Carolina exaltou a Praia da Ponta Negra como ambiente de prática esportiva e fez o alerta quanto a preservação do rio Negro e o seu uso. E avisou que se não houver proteção a prática de esporte e lazer no local estarão com os dias contados. "É um privilégio ter a chance de treinar no rio mais lindo do mundo. Mas se continuarmos a despejar 85% da água residual nele como acontece atualmente, estamos com os nossos dias de treino fadados a acabar. Por isso, se for preciso eu parar toda vez que eu for nadar no rio, para recolher os sacos plásticos, papel ou qualquer tipo de lixo que esteja lá, eu irei. São os nossos pequenos atos diários que fazem o todo ", disse.

Lei da atração

O rio Negro é um livro com grandes histórias a serem contadas. E assim mais um personagem apaixonado pelas suas águas, voluntariou-se a ficar na região e desfrutar dos desafios e beleza que ela oferece. Assim como o melhor piloto de Fórmula 1 sonha com a melhor pista de corrida limpa, um praticante da canoagem que se preze, sonha remar em um rio limpo e sem sujeira. 

É com esse pensamento que o gaúcho Marcelo Santos da Luz, pratica a canoagem nas águas do rio Negro. O engenheiro mecânico está em Manaus há 22 anos onde se encantou com as belezas naturais dos rios, já foi presidente da  Federação Amazonense de Canoagem (FAC) e hoje faz parte das 100 pessoas que praticam o esporte no Amazonas. 

"Para o canoísta as belezas da Amazônia estão na sua grandiosidade, as dimensões são incomparáveis. Nenhum outro lugar do mundo me dá uma travessia de rio com mais de 10 km de largura. Além dos botos nadando junto com você, só na Amazônia", disse.

Em 2005, ele montou o projeto 2º Tempo, no Lago do Puraquequara para 200 crianças, com modalidades de canoagem, vôlei e futebol de salão. No período levou uma equipe, de crianças e adolescentes para participar do campeonato brasileiro de canoagem em Rios do Oeste, Paraná, onde conseguiu o 1º lugar.

"A Canoagem no Amazonas ainda é pouco difundida em relação aos outros Estados como o Pará e demais regiões do país. No Amazonas, estimo 100 pessoas entre pessoal que pratica canoagem de pesca, canoagem de aventura e canoagem de velocidade no Lago do Puraquequara", afirmou.

Em sua chegada à cidade, encantou-se com as dimensões dos rios e a presença dos botos nas competições, disse que em nenhum outro lugar do mundo havia encontrado tanta beleza e riqueza de recursos naturais. "A Amazônia é o melhor local do mundo para prática da canoagem, pois temos pouco vento, muita água e o clima quente. Calor e água naturalmente limpa e sem poluição que é o mais importante. No sul praticamos as vezes em rios completamente poluídos com camadas de espuma química de até um metro de altura sobre a água horrível. Aqui sou capaz até de beber se estiver com muita sede, estou no paraíso para prática da canoagem", conta.
Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Balneários e flutuantes na onda sustentável

Além da Praia da Ponta Negra, que tem sido um dos cenários mais utilizados por esportistas e adeptos à prática de esportes na água, os flutuantes e balneários localizados às margens do rio Negro, têm surgido como opções e novidades para o amazonense. O Flutuante Sun Paradise é um complexo de entretenimento que reúne três espaços para o público: flutuante, praia e restaurante. Os três ambientes são interligados, mas atuam de forma independente com programações distintas. 

Segundo a assessora de marketing, Hélida Tavares, a proposta é que o local seja uma opção de lazer com baladas com as mais variadas opções de estilos musicais. A casa investe na música eletrônicas nas sextas, sábados e domingos. E com o objetivo de seguir a proposta de grandes eventos nacionais, inseriu em sua programação o estilo o sertanejo.

"O Sun Paradise mudou a cena de balada nos flutuantes de Manaus. Antes eram locais apenas de lazer e contemplação da natureza do lago do Tarumã. Levando DJs para tocar no flutuante, chamou atenção da turma jovem que gosta de balada. O grande diferencial é que a balada começa de dia", disse.
Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Hélida explica, que mesmo no período de cheia, quando as águas do Lago do Tarumã cobrem a praia, o público pode curtir a balada no pier do Complexo e ainda no próprio flutuante. "O Sun Paradise oferece aos seus clientes uma experiência única de contato com a natureza amazônica, diversão responsável e um ambiente aconchegante e divertido", ressaltou.

O flutuante inicia suas atividades, todos os dias, às 9h, com estrutura para atendimento de almoço com cardápio regional, lanches variados e diversos tipos de bebidas.
Outra opção para quem curte contemplar a natureza e as belezas que ela oferece, é o restaurante flutuante Abaré Sup, localizado no Ramal dos Missionários, no bairro do Tarumã. O local possui área de banho, com aluguel de caiaque e prancha de sup. O local recebe eventos, como aniversário adulto e infantil, casamento, confraternização. Atualmente investiu em confortáveis hospedagens.

Segundo o proprietário Diogo Vasconcelos, o lugar possui toda medida de cuidado e preservação da natureza para buscar oferecer ao público diversão sem degradar o meio ambiente. " O ecoturismo demanda muito respeito pela natureza pois ela se impõe o tempo todo. Época de chuva por exemplo nossa demanda é muito mais contida do que no período de verão amazônico onde todos buscam um mergulho no Rio", explicou.

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